Estudo da Scandit revela que 86% dos entregadores sentiram aumento no volume de trabalho nos últimos 5 anos no Brasil

A Scandit, líder em captura inteligente de dados, lançou nesta semana o Global Delivery Insight – Driver Views from the Last Mile, estudo abrangente que examina a indústria de entrega de encomendas e correspondências, com base em consultas a mais de 1.200 entregadores de 11 países em todo o mundo, entre eles, Brasil, EUA, México, Inglaterra, França, Itália, Espanha, Alemanha, Índia, Japão e Austrália.

O estudo revela a natureza mutável das funções dos entregadores e suas crescentes cargas de trabalho e pressões nos últimos anos.

Dados globais do estudo mostram que a maioria dos países (71%) reportou que sentiu um aumento na quantidade de entregas nos últimos cinco anos. No Brasil, inclusive, 86% dos entregadores sentiram esse aumento no volume de trabalho e foi o local que mais destacou esse sentimento em comparação aos outros países.
Em média, um pacote chega à porta do cliente final a cada seis minutos e meio, com cada entregador deixando nove pacotes a cada hora. Cerca de 66% relataram um aumento de novas tarefas, como verificação de identidade na porta. Além disso, no Brasil, 80% dos entregadores sentiram que a velocidade no qual a encomenda deve ser entregue também precisou aumentar para cumprir as expectativas. Apesar deste contexto, 57% dos profissionais brasileiros reportaram que entre as suas maiores satisfações está ser recebido de forma calorosa e feliz pelo comprador.

“Nosso estudo revelou uma força de trabalho elevada ao limite”, diz Samuel Mueller, CEO e cofundador da Scandit. “À medida que as empresas de entrega inovaram e diversificaram suas ofertas para atender à demanda do consumidor, os entregadores da linha de frente estão sentindo a pressão da mudança de funções, aumento do volume de encomendas e altas expectativas de entrega rápida. A responsabilidade agora está nas empresas de entrega para implantar a tecnologia certa para atrair, apoiar e reter essa força de trabalho crítica”, explica o CEO.

Globalmente, a grande maioria (82%) dos entregadores entrevistados usa um smartphone para concluir suas tarefas de entrega, incluindo comprovante de entrega na porta, verificação de idade ou identidade, localização de encomendas na calçada e conexão com clientes e sede durante um turno. Apenas 16% desses entregadores contam com um coletor dedicado e 2% não usam nenhum dispositivo para rastrear as entregas.

Mudando a indústria

Em termos de dados globais, o alto volume e a carga de trabalho em evolução são ainda mais intensificados pela escassez de pessoal e pelos desafios de retenção, com 50% afirmando que a escassez de pessoal aumentou nos últimos cinco anos. A maioria dos entregadores (67%) afirmou ter mudado de emprego nos últimos dois anos, sendo 42% destes no último ano. Muitas dessas mudanças de emprego estão dentro da própria indústria, já que 68% já tinham um emprego na entrega.

O estudo também revelou que 37% conciliam a entrega com outro emprego – com 7% mantendo dois ou mais empregos – e alguns entrevistados com sete funções diferentes.

Apesar dessa fluidez e alta rotatividade, o setor de entrega ainda é atraente para sua força de trabalho, pois 88% dos entregadores recomendariam seu empregador atual.

A entrega de encomendas e correspondências oferece oportunidades de trabalho flexíveis e permite que eles sigam diferentes carreiras e atividades. Por exemplo, 29% daqueles com mais de uma função trabalham na administração, 23% trabalham em indústrias criativas ou de TI e 18% também trabalham em profissões especializadas, como encanamento e construção.

“A indústria de entrega precisa de uma força de trabalho flexível, parte significativa da qual é frequentemente empregada em uma economia temporária ou em regime de meio período, a fim de gerenciar picos de demanda não programados ou inesperados”, continua Mueller.
“No entanto, essa força de trabalho é bem familiarizada com este setor e buscará ativamente não apenas um forte pacote de salários e benefícios, mas também padrões de trabalho flexíveis, uma empresa com uma forte reputação de marca e, crucialmente, o fornecimento de tecnologia de alto desempenho, a fim de completar seus papéis exigentes”, diz ele

O estudo mostrou também uma divisão de 49% e 51% entre trabalhadores contratados e trabalhadores temporários. Independentemente de seu status de emprego, os entregadores procuram cinco atributos principais de seu empregador. Salário e benefícios são claramente importantes (43% e 27%, respectivamente, escolhendo-os como os principais motivos para assumir uma função), sendo o equilíbrio entre vida pessoal e profissional também um fator importante (40%). Além disso, 32% escolherão um novo empregador em detrimento de outro com base na reputação da marca. Mais de um quarto (26%) assume um papel na entrega com base no tipo de tecnologia que recebem para concluir seus trabalhos. Fornecer tecnologia eficaz é, portanto, um ponto crítico para atrair, capacitar e apoiar adequadamente os entregadores enquanto eles cumprem todos os aspectos de suas funções. Os smartphones são um dispositivo familiar com uma interface intuitiva e ideal para trabalhadores em economia de trabalho, onde um modelo traga seu próprio dispositivo (Bring Your Own Device – BYOD) é frequentemente implantado.
Quando equipados com captura inteligente de dados, os entregadores têm a capacidade de gerenciar uma ampla gama de tarefas em todo o fluxo de trabalho da última milha. Por fim, a pesquisa demonstrou grandes oportunidades para as empresas de entrega capacitarem ainda mais os entregadores com funcionalidades adicionais em todos os seus fluxos de trabalho. Cerca de 75% dos entrevistados não usam o dispositivo para ajudar no carregamento da van, 73% não o usam para encontrar encomendas na rua e 67% não têm a verificação de identidade habilitada – tudo isso pode ser feito com a tecnologia Smart Data Capture da própria Scandit.