Na última semana, a Santos Brasil deu início às suas operações de granéis líquidos no Porto do Itaqui (MA), inaugurando uma nova era para a Companhia, que completa neste mês 25 anos e é referência em operações portuárias e logísticas. A primeira operação de recebimento de diesel e gasolina por navio de cabotagem aconteceu no TGL 3, primeiro dos três terminais arrematados pela empresa em 2021 a obter autorização da ANP para operar, e foi considerada um sucesso.
O TGL 3 tem capacidade nominal de 20 mil m³, distribuída em sete tanques para armazenamento de diesel, gasolina, etanol anidro e biodiesel, e possui conexões com os modais marítimo, rodoviário, ferroviário e dutoviário. É um dos dois brownfields (que já estavam em operação) arrematados no leilão da B3. O outro é o TGL 1, que também deve entrar em operação ainda neste ano. O terceiro terminal (TGL 2, um greenfield) tem início de operação previsto até 2026.
De acordo com Carlos Quintero, diretor de Granéis Líquidos da Santos Brasil, esta primeira descarga é um marco para a Companhia, que inicia agora de fato sua atuação no setor de granéis líquidos – que, ao lado de contêineres e logística integrada, é um de seus vetores de crescimento. “O Porto do Itaqui é hub de distribuição de derivados de petróleo para as regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste e tem enorme potencial ligado ao agronegócio. Esperamos capturar o crescimento da demanda dos clientes do porto e aumentar a ocupação dos nossos terminais progressivamente”, diz.
Segundo Quintero, as obras para ampliação do TGL3 e TGL1 terão início assim que a ANP emitir a autorização de construção — o que a empresa acredita que aconteça ainda neste ano — e envolvem a implantação de novos tanques, modernização dos sistemas de carregamento, aumento e atualização da automação, novo acesso rodoviário e ampliação das posições de carregamento ferroviário. Já o projeto do greenfield inclui a construção de 85 mil m³ de capacidade nominal e de toda a infraestrutura do terminal. Os investimentos nas três unidades devem superar os R$ 600 milhões e vão ampliar a capacidade nominal atual de 54 mil m³ para 201 mil m³. O prazo de cada arrendamento dos terminais de Itaqui é de 20 anos, com possibilidade de prorrogações sucessivas até o limite de 70 anos.