Wilson Sons, Hidrovias do Brasil e Santos Brasil realizam evento inédito para debater perspectivas do setor

Port & Maritime Equities Day Brazil 2022 (da esq. p/ dir.): Daniel Dorea (CFO da Santos Brasil), Antonio Carlos Sepúlveda (CEO Santos Brasil), Leopoldo Figueiredo (mediador), Fabio Schettino (CEO Hidrovias do Brasil), Fernando Salek (CEO Wilson Sons), Fabricia Souza (CFO Wilson Sons) e Ricardo Pereira (Vice-Presidente Financeiro e de RI da Hidrovias do Brasil)

Pela primeira vez na história do mercado financeiro brasileiro, a Wilson Sons (PORT3), Hidrovias do Brasil (HBSA3) e Santos Brasil (STBP3), companhias listadas no segmento do Novo Mercado da B3 (a bolsa de valores brasileira), se reuniram para apresentar aos analistas do mercado de capitais suas estratégias e perspectivas sobre os setores de portos, navegação e logística.

A iniciativa inédita, batizada de “Port & Maritime Equities Day Brazil 2022”, contou com a presença de investidores nacionais e internacionais, profissionais de bancos de investimento brasileiros e estrangeiros, além de analistas independentes de equity research. Voltado para a comunidade financeira, o evento foi realizado presencialmente no Cubo Itaú, em São Paulo, e transmitido ao vivo para um público online.

Os executivos discutiram quatro assuntos principais: “A contribuição do setor logístico para o crescimento econômico do país”; “A importância das hidrovias como alternativa sustentável e competitiva para exportação de commodities originadas no Brasil”; “As vantagens do transporte aquaviário e os benefícios da BR do Mar”; “A reorganização das cadeias logísticas globais e as oportunidades para o Brasil”.

Fernando Salek, CEO da Wilson Sons, disse que os portos e o transporte marítimo são a base da economia mundial, sendo que 90% do comércio internacional são transportados pelo mar. No caso do Brasil, Salek ressaltou que, em 2021, as exportações e importações por vias marítimas e aquaviárias somaram mais de R$ 2 trilhões, valor equivalente a 25% do PIB nacional.

“O desempenho econômico do país passa pelos portos. O setor desempenha também um papel social fundamental, por meio da geração de empregos, da integração do país e do expressivo impacto nas comunidades periféricas aos portos”, afirmou Salek, acrescentando que o Brasil possui amplo potencial aquaviário a ser explorado. “São quase 50 mil quilômetros de rios navegáveis e mais de 7 mil quilômetros de costas marítimas com grande vocação para o transporte de cargas e passageiros”.

Fabio Schettino, CEO da Hidrovias do Brasil, vê oportunidades no desenvolvimento da infraestrutura, através do transporte hidroviário e na diversificação da matriz logística do país. “Em países de dimensões continentais como é o caso do Brasil, a saída para a competitividade logística está na multimodalidade. O país possui uma malha hidroviária imensa e que pode ser muito mais explorada, facilitando o transporte de grandes cargas, gerando empregos e sempre com o cuidado em preservar o meio-ambiente e fomentando a capacitação de novos profissionais nas comunidades do entorno.”, analisa o executivo.

O diretor-presidente da Santos Brasil, Antonio Carlos Sepúlveda, ressalta que a logística mundial foi testada nos últimos anos e vários desafios foram postos. “O Brasil foi resiliente e o setor compareceu investindo e assegurando ao comércio exterior brasileiro condição de destaque na logística mundial”, diz.