A indústria de implementos rodoviários poderá vender esse ano ao mercado interno 150 mil produtos. O volume de janeiro a novembro de 2023 chega a 137.877 unidades, o que representa média mensal de emplacamentos em 12.500 unidades, sendo 7.500 Reboques e Semirreboques e 5 mil Carroceria sobre chassis. Nessa distribuição seriam 90 mil Pesados e 60 mil Leves.
O resultado ficaria pouco abaixo das 154,7 mil unidades vendidas internamente em 2022, mas não é considerado queda de mercado. “Mesmo com um provável menor número de unidades emplacadas em 2023, a indústria terá tido um ano bom para seus negócios”, afirma José Carlos Spricigo, presidente da ANFIR – Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários.
O 4º Eixo, com sua maior capacidade de carga e adaptação às necessidades operacionais, é apontado pelo presidente da ANFIR como um dos responsáveis pela rentabilidade dos negócios. Outro fator importante foi o mercado de aluguel. “O operador logístico entendeu que alugar um implemento rodoviário é uma opção viável”, explica Spricigo.
Mais feriados, menos vendas
O volume de emplacamentos em novembro foi menor que o registrado em outubro: 12.790 produtos, ante 13.911 implementos rodoviários, o que representa 1.121 produtos a menos de um mês para o outro.
A causa para isso está no fato de novembro ter menos dias úteis e mais emendas de feriado. “Os dias parados afetam as vendas e a atividade industrial, reduzindo o ritmo de nossa indústria”, diz o presidente da ANFIR.
PIB e Taxa Selic
A previsão do Banco Central, expressa no boletim Focus divulgado no dia 4 de dezembro, indica que o PIB esse ano deverá ser de 2,84%. Para 2024, a expectativa da autoridade monetária é que o crescimento da economia brasileira seja de 1,5%. Já a taxa Selic, que está em 11,75%, deverá permanecer nesse patamar até o final do ano. E para 2024 a previsão é que ela sofra mais reduções até chegar a 9,25% ao ano. “São perspectivas boas, mas não suficientes para assegurar crescimento estável porque precisamos de mais políticas voltadas ao desenvolvimento da indústria, assim como rigor nos gastos públicos e suporte para reduzir a inadimplência e o endividamento das empresas”, conclui Spricigo.