Desde a última semana de janeiro, todos os motoristas das categorias C, D e E podem ser multados devido a não realização do exame toxicológico, segundo a Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran). A multa para essas infrações é estipulada em R$ 1.467,35, com a atribuição de sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
O prazo para o primeiro grupo de condutores das categorias mencionadas, com vencimento da CNH entre janeiro e junho deste ano, terminou em 31 de março. Agora, caso os motoristas não realizem o teste até 30 de abril, poderão ser multados diretamente pelos sistemas eletrônicos dos Departamentos de Trânsito (Detrans) estaduais e do Distrito Federal a partir de 1º de maio, conforme o artigo 165-D do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
Contudo, um dos setores mais afetados com a nova legislação imposta vem sendo o transporte rodoviário de cargas, tanto para os autônomos, agregados e colaboradores das empresas do segmento. Franco Gonçalves, gerente administrativo da TKE Logística – empresa localizada no sul de Santa Catarina, em Araranguá – destaca como a empresa vem adotando o cumprimento das novas regras, além da conscientização interna para evitar dificuldades futuras.
“Norma a gente não lida, seguimos. Então, iniciamos uma conversa com todos os motoristas para realizarem a verificação da validade do exame toxicológico deles, acompanhada pela CNH digital. Além disso, nosso Recursos Humanos (RH) tem um acompanhamento constante sobre essas informações dos motoristas, com uma comunicação recorrente até pelos grupos de comunicação interna. Acreditamos que, independente da TKE, se eles continuarem ou não conosco, é um documento que eles vão precisar”, comenta o executivo.
Essa preocupação corrobora ainda mais, devido ao fato dos números de regularização por parte dos condutores seguirem abaixo do esperado. De acordo com um levantamento realizado pela Senatran recentemente, 3,4 milhões de condutores das categorias C, D e E, com vencimento da CNH entre janeiro e dezembro, ainda precisam regularizar a situação.
Considerando esses números, a importância do acompanhamento mais efetivo por parte das autoridades legais e pelas próprias organizações para os motoristas estarem com a documentação em dia, vem se tornando uma força-tarefa.
“Com certeza essa averiguação é uma forma de trazer mais segurança para os processos. Mas precisamos de uma conferência mais próxima desses pontos, para verificar se está tudo correto, até mesmo com o auxílio da tecnologia”.
Além do requisito segurança e autonomia dos condutores, a organização busca estar próxima de seus colaboradores, trazendo uma conscientização firme, mas efetiva com assuntos voltados à família e à responsabilidade em que cada um está inserido.
“A gente sempre está lembrando todos que estão nas estradas que existem pessoas que dependem deles e que desejam a sua volta: familiares, parentes e amigos. Então, estar com o organismo alterado, seja por drogas ou álcool, vai influenciar não só eles, mas as pessoas ao redor. Esse é o nosso pensamento”, finaliza o executivo.