O papel das empresas que compõem o sistema logístico na segurança alimentar, visando a preservação dos produtos

O bom planejamento logístico influencia a contenção de perdas e desperdício de alimentos, além de evitar a distribuição de alimentos que tenham sofrido alterações ou contaminação. Os padrões GS1 têm função essencial em todo o processo de rastreabilidade de alimentos.

Uma operação logística eficaz é essencial para garantir a segurança alimentar, assegurando que os alimentos sejam armazenados, manuseados e transportados em condições adequadas de temperatura e umidade. Este cuidado é crucial para evitar a deterioração e a contaminação dos produtos, garantindo que cheguem ao consumidor final em perfeitas condições.

Os códigos de barras GS1 desempenham um papel vital nesse processo, como explica Afonso Moreira, CEO da AHM Solution. “Os códigos de barras GS1 garantem a identificação e o rastreamento dos produtos ao longo da cadeia de suprimentos, com informações padronizadas e compartilhadas, como datas de validade, dados nutricionais e origem”. Essa padronização facilita a gestão de informações críticas e melhora a transparência em todas as etapas da cadeia logística.

Nilson Gasconi, executivo de Desenvolvimento Setorial da Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil, também destaca a importância de saber a origem de um produto, quando falamos de alimentos e bebidas, desde a fabricação até o ponto de comercialização, e a importância dos códigos de barras GS1 neste processo. “É essencial ter o conhecimento e registros do caminho percorrido – todos os elos da cadeia de abastecimento envolvidos. Em caso de necessidade de recolhimento (recall), toda a cadeia deve ter o histórico e o registro de tudo o que aconteceu com o produto”, afirma Gasconi. Ele enfatiza que utilizar um padrão global de identificação torna os processos mais eficientes e seguros, agilizando a capacidade de recolhimento dos itens pontualmente, sem desperdício de lotes que não apresentam problemas.

Marco Aurélio Laudelino Junior, coordenador de projetos na HC Horburg, também ressalta a responsabilidade das empresas que participam do sistema logístico na garantia da segurança alimentar. “As empresas têm o encargo de garantir que os produtos sejam manipulados, armazenados e transportados de maneira segura e eficiente em toda a cadeia de suprimentos.” Ele acrescenta que os padrões GS1 oferecem uma linguagem comum e universal para a identificação, aquisição e compartilhamento de dados sobre os produtos, permitindo que as empresas administrem os alimentos de forma eficaz em todos os estágios da cadeia de abastecimento.

Laudelino Junior observa que os padrões GS1 permitem um controle mais apurado para diminuir erros de estoque, por exemplo. Além disso, proporcionam um controle de qualidade mais eficiente e a redução de falhas, garantindo mais segurança no processo”, completa Roberto Schmeing, gerente Comercial da IBL Logística.”

Benefícios do uso de padrões GS1

A implementação dos padrões GS1 tem se mostrado essencial para a rastreabilidade de alimentos, impactando significativamente na segurança e qualidade dos produtos ao longo da cadeia de suprimentos.

A verdade é que, como diz Gasconi, da GS1-Brasil, além da segurança dos alimentos, a rastreabilidade melhora o controle e a eficiência dos processos, proporcionando acuracidade no controle de estoque e gerenciamento de data de validade, com informações automáticas disponíveis a todos os elos da cadeia.

Ele reforça que a rastreabilidade eficiente é essencial para o consumidor, que tem o direito de saber tudo sobre o que leva para sua mesa. “Informações como origem da carne, nome da empresa, unidade produtora, variedade, nome do produtor primário (preferencialmente) ou distribuidor (no caso de lote consolidado), município e estado de origem, quando nacional, e país, quando importado, são bases para um processo de rastreabilidade eficiente. Isso facilita a retirada de um produto do mercado em caso de qualquer eventualidade.”

Gasconi enfatiza ainda que um dos principais benefícios da rastreabilidade é a capacidade de recolher lotes de produtos em curto prazo, antes que os consumidores sejam afetados. “Esse é o objetivo maior de um serviço diferenciado que possa transmitir segurança e confiança. Quando um recall acontece, são necessárias rapidez e eficiência nas ações para evitar que o problema tome proporções maiores. Graças à rastreabilidade, é possível adotar medidas emergenciais, já que o processo permite identificar onde ocorreu uma contaminação química, biológica ou perda de qualidade de um produto e dar início ao processo de recolhimento eficiente deste produto de circulação.”

Também para Laudelino Junior, da HC Horburg, a adoção dos padrões GS1 traz inúmeras vantagens que promovem a segurança e excelência dos produtos. “Isso se traduz em uma capacidade aprimorada de lidar rapidamente com questões emergenciais, uma gestão mais eficaz dos estoques e uma maior transparência em todas as etapas da cadeia de abastecimento.”

Complementando, Schmeing, da IBL Logística, acrescenta que os padrões GS1 garantem que os produtos separados estão de acordo com as normas de segurança alimentar. “Além de possibilitar uma rastreabilidade melhor, os padrões GS1 garantem que o que está sendo separado está de acordo com as normas de segurança alimentar, entre outros benefícios. Isso resulta em mais transparência e responsabilidade no manuseio de produtos sensíveis.”

Alimentos contaminados

A distribuição ou consumo de alimentos que tenham sofrido alterações ou contaminações ao longo da cadeia logística traz sérios problemas, tanto para a saúde dos consumidores quanto em termos legais. Nesse contexto, a adoção dos padrões GS1 tem se mostrado fundamental para evitar esses problemas, garantindo a segurança alimentar e a qualidade dos produtos.

O CEO da AHM Solution destaca que “com os códigos de barras GS1, cada item alimentar é identificado de forma única, permitindo o rastreamento individual ao longo da cadeia e evitando que sejam distribuídos ou consumidos, em caso de deterioração.” Para monitorar a qualidade dos produtos em tempo real, Moreira enfatiza a importância de dispositivos como indicadores ou registradores de temperatura, que evidenciam qualquer anomalia ou desvio nos padrões de segurança alimentar.

Como também destaca Gasconi, da GS1 Brasil, a identificação única e inequívoca no padrão global GS1 dá identidade ao produto em toda a cadeia, eliminando erros nos processos de automação logística. “Não há dúvida de que, ao adotar padrões de identificação dos produtos gerados por uma entidade com abrangência global e mais de 2 milhões de associados em 150 países como a GS1, é estabelecida a confiança da marca do produtor na cadeia de abastecimento. Além disso, todos os processos logísticos e administrativos podem ser automatizados por meio de recursos de tecnologia de ponta. A informação é a principal ferramenta e base da rastreabilidade.”

Por sua vez, Schmeing, da IBL Logística, lembra que todas as empresas estão sujeitas às normas estabelecidas pela Anvisa no Brasil. “A Anvisa determina como devemos proceder com a identificação dos produtos e, em alguns casos, se algum problema de produção ou outros tipos de erros forem identificados, pode ser determinado o recolhimento desses produtos para análise ou destruição. Dependendo da situação, a empresa pode até ser punida com multas e ter o produto proibido para comercialização. Por isso, é muito importante a identificação dos produtos com todas as informações, como lote, validade, data de fabricação e informações sobre a produção.”

Planejamento logístico

A segurança alimentar e a redução de perdas e desperdícios ao longo da cadeia de suprimentos são temas centrais na discussão sobre a eficácia do planejamento logístico.

“Um planejamento logístico eficaz garante que os alimentos sejam armazenados, manuseados e transportados adequadamente, reduzindo o risco de estragarem ou expirarem antes de serem vendidos”. Moreira, da AHM Solution, também enfatiza a necessidade de incorporar tecnologias, como sensores de temperatura e umidade, para monitorar as condições ambientais durante todo o processo logístico. Isso assegura que os produtos permaneçam dentro dos parâmetros adequados, evitando contaminações ou deterioração precoce.

Gasconi, da GS1 Brasil, reforça a conexão entre planejamento logístico e sustentabilidade. “Se considerarmos os conceitos da sustentabilidade, o planejamento logístico bem aplicado inicia a contenção de perdas e do desperdício desde a data do pedido do varejo ao produtor ou distribuidor. A expedição de um pedido de reposição de estoque de alimentos, principalmente os perecíveis, pode ser calculada com a possibilidade de o transportador fazer chegar a mercadoria no momento em que o varejo está com o espaço de seu estoque programado para receber a carga. Assim, evita-se perda de tempo de espera, retorno do transporte, armazenamento e tratamento inadequado e outros problemas”.

Como se pode perceber, é notório o papel crucial do planejamento logístico na redução de perdas e desperdícios. Laudelino Junior, da HC Horburg, explica que um bom planejamento facilita a gestão eficiente dos estoques, garantindo a rotação adequada dos produtos armazenados e auxiliando na implementação de sistemas de rastreabilidade e monitoramento, o que reduz os tempos de espera e transporte.

Já Schmeing, da IBL Logística, chama a atenção para a realidade brasileira, onde a falta de atenção e o manuseio inadequado causam grandes perdas de produtos alimentícios. “Hoje, no Brasil, perdemos muitos produtos por falta de atenção, manuseio inadequado ou transporte não adequado, correndo o risco de perda ou descarte. Algumas empresas mantêm equipes de prevenção de perdas, mas, em muitos casos, isso não é suficiente, uma vez que os produtos já chegam ao estabelecimento sem condições de venda devido a um transporte ineficiente ou inadequado. Perdemos muitos produtos alimentícios por falta de fiscalização na cadeia produtiva ou por contratações inadequadas de transporte, muitas vezes em busca de economia no frete. Estima-se que, no Brasil, perdemos cerca de 10% a 12% dos produtos alimentícios por manuseio ou transporte inadequado.”

Dispositivos de controle

No complexo mundo da logística de alimentos perecíveis, o controle preciso de temperatura e umidade é crucial para garantir a qualidade e segurança dos produtos até o consumidor final. Assim, fica evidente a importância dos dispositivos de controle de temperatura e refrigeração, que se mostram essenciais para a eficiência e transparência da cadeia de suprimentos.

A implementação de indicadores e registradores de temperatura e umidade é fundamental, segundo Moreira, da AHM Solution, para aumentar a segurança e eficiência na cadeia logística de alimentos. “As informações sobre a origem, o transporte e o armazenamento podem ser facilmente compartilhadas entre os diversos participantes da cadeia”, afirma. “Isso ajuda a identificar pontos de falha e a implementar medidas corretivas de forma mais rápida e eficaz.”

Laudelino Junior, da HC Horburg, reforça o papel crucial dos equipamentos de refrigeração na preservação e manutenção da qualidade dos alimentos frescos e congelados. Segundo ele, esses equipamentos são vitais para prolongar a vida útil dos produtos e reduzir o risco de contaminação. “Eles garantem a integridade da cadeia de frio, controlando a temperatura e a umidade, e protegendo contra variações indesejadas de temperatura”, explica. Além disso, esses sistemas oferecem flexibilidade de armazenamento para uma variedade de produtos perecíveis, adaptando-se às necessidades específicas de cada carga.

Marcos Augusto Pordeus de Paula, diretor da Frigo King, complementa destacando que os equipamentos de refrigeração são indispensáveis para garantir a segurança alimentar no sistema logístico. “Qualquer mau funcionamento compromete a carga, e por isso, informação em tempo real sobre o status da carga refrigerada é fundamental”, destaca De Paula. A Frigo King desenvolveu o sistema “Meu Frigo King”, integrado aos padrões de rastreabilidade do GS1, que fornece informações detalhadas sobre o funcionamento dos equipamentos e sua operação. “Isso permite a gestão da temperatura do baú e a rastreabilidade em tempo real das cargas perecíveis, desde a sua origem até o consumidor final”, explica o diretor.

Desafios

A logística de alimentos perecíveis é um campo complexo e dinâmico, enfrentando diversos desafios na adoção dos padrões GS1 e no aprimoramento do planejamento logístico para garantir a segurança alimentar e reduzir o desperdício. São vários os obstáculos encontrados nesta logística, envolvendo custos de implementação, complexidade da cadeia de suprimentos, falta de uniformidade, resistência à mudança, segurança da informação, exigências regulatórias, integração de sistemas e adaptação às mudanças climáticas e ambientais.

Laudelino Junior, da HC Horburg, destaca que superar esses desafios requer esforços colaborativos, investimentos em tecnologia e processos sólidos de gerenciamento de mudanças. “É essencial que todas as partes envolvidas na cadeia de suprimentos trabalhem juntas para implementar soluções que garantam a segurança e a qualidade dos alimentos”, afirma.

Com ele concorda Moreira, da AHM Solution, ressaltando que a logística de alimentos perecíveis demanda investimentos significativos em tecnologia, treinamento de pessoal e infraestrutura. Ele menciona que em cadeias de suprimentos com muitos fornecedores, distribuidores e pontos de venda, coordenar a implementação e uso de dispositivos de controle de temperatura e umidade é um grande desafio. Mas, este diferencial evita perdas e sanções regulatórias, assegurando que os produtos estejam próprios para consumo.

Para Schmeing, da IBL Logística, é importante acompanhar de perto todos os processos da cadeia de transporte para garantir que os produtos cheguem ao seu destino em condições adequadas. “Durante a pandemia, tivemos que nos adaptar rapidamente às compras online, sem saber como os produtos eram manuseados e em que condições eram transportados. A fiscalização adequada é crucial para garantir que os serviços de transporte estejam aptos a entregar produtos em boas condições”, comenta. Ele ressalta que a fiscalização não deve se limitar apenas às empresas que processam os alimentos, mas também às que os transportam. “Não adianta fiscalizarmos apenas a empresa que processa os alimentos se o transporte for feito de forma inadequada.”

Gasconi, da GS1 Brasil, apresenta uma visão otimista, afirmando que a implementação dos padrões GS1 pode ser facilitada pela automação dos processos logísticos. “Acreditamos que o principal recurso é, sem dúvida, a empresa se aproveitar da identificação única e inequívoca de cada item que produz. A empresa já possui essa identificação e já utiliza os padrões. Portanto, só tem que implementar a automação dos processos para eficiência logística utilizando-se dos padrões. Com isso, aproveita mais os padrões para a automação dos processos e, principalmente, evitar erros humanos e ganhar agilidade dos processos”, diz Gasconi, deixando claro que não há grandes desafios a serem enfrentados.

Adaptação

A crescente demanda por transparência e rastreabilidade na cadeia de suprimentos alimentar tem impulsionado a empresas a adaptar suas práticas e investir em tecnologias avançadas. Essa mudança é impulsionada tanto pelas regulamentações rigorosas, quanto pelas expectativas cada vez mais altas dos consumidores.

As empresas estão cada vez mais atentas às regulamentações e exigências do mercado, mapeando cuidadosamente todos os seus processos. “A rastreabilidade já é um fator essencial, um caminho natural”, afirma Gasconi, da GS1 Brasil. “Hoje, já há algumas instruções normativas sobre a necessidade de rastreabilidade, o que se configura em segurança para a empresa também, pois, em caso de qualquer problema, é possível identificar sua origem e rastrear todo o caminho.”

Laudelino Junior, da HC Horburg, destaca que as empresas estão ajustando suas práticas para atender às novas demandas do mercado por meio da adoção de padrões e tecnologias de rastreabilidade, melhorias na comunicação e colaboração com fornecedores, investimentos em sistemas de gestão, aumento na divulgação de informações aos consumidores, participação em programas de certificação e rotulagem e uma resposta ágil a problemas e recalls. “Essas adaptações garantem a segurança, qualidade e sustentabilidade dos alimentos, em conformidade com as regulamentações e expectativas dos consumidores.”

A visão de Schmeing, da IBL Logística, corrobora com essa abordagem. Ele enfatiza que a cadeia logística está se aperfeiçoando cada vez mais em processos, formas de transporte e rastreabilidade, para garantir que os produtos cheguem ao consumidor final em condições adequadas para consumo.

Exemplos de sucesso

No competitivo segmento de alimentos, a adoção dos padrões GS1 tem se mostrado uma estratégia vencedora para muitas empresas. A GS1 Brasil já premiou diversos casos de sucesso, como Fugita, Citrícola Lucato, Citros Lagazzi, Café Pacaembu, Itaueira, Vapza, Heborá, NK Tomates, Nestlé, Agropecuária Schio, H2Orta, e Divinut Indústria de Nozes, demonstrando a eficácia desses padrões na melhoria dos processos logísticos.

Laudelino Junior, da HC Horburg, também destaca que grandes corporações, como Walmart, Nestlé e McDonald’s, têm obtido êxito com a implementação do sistema GS1. “A implementação do sistema GS1 tornou-se uma necessidade para empresas em expansão, sendo uma prática comum entre grandes corporações atualmente”, afirma, ressaltando a importância desses padrões na gestão eficiente das operações.

A otimização do estoque, a redução de custos e o aumento da eficiência operacional são fatores-chave para o sucesso das empresas que adotam os padrões GS1, conforme enfatiza Schmeing, da IBL Logística. “Empresas que otimizam o estoque, reduzem custos, aumentam a eficiência operacional para minimizar os prazos de entrega, aumentam a satisfação do cliente e melhoram a competitividade são exemplos de sucesso. Esses fatores são fundamentais para uma operação eficiente”, diz Schmeing.

Perspectivas

A evolução dos padrões GS1 e as mudanças no panorama global de produção e distribuição de alimentos estão moldando um novo cenário para a segurança alimentar. Assim, entre as tendências e desafios futuros, podem ser citadas automação, sustentabilidade, transparência e adaptação às mudanças climáticas.

Gasconi, da GS1 Brasil, prevê um futuro onde os processos serão cada vez mais automatizados. Ele acredita que as empresas se beneficiarão dos padrões globais já utilizados para identificar seus produtos, utilizando esses padrões como base para seus processos internos. “Temos perspectivas de mais interoperabilidade em todos os elos da cadeia para integração de sistemas, tendo como base a identificação dos produtos. Dessa forma, as empresas fazem a junção de processos utilizando as chaves do padrão justamente para facilitar a agilidade, a rastreabilidade e a segurança”, afirma Gasconi.

Para Laudelino Junior, da HC Horburg, as perspectivas para as empresas no sistema logístico em relação à segurança alimentar envolvem a integração de tecnologias avançadas, o reforço da sustentabilidade e transparência e a promoção de colaborações e parcerias estratégicas. Além disso, ele destaca a necessidade de conformidade com regulamentações mais rigorosas, a expansão da globalização da cadeia de suprimentos e o aprimoramento da resiliência e gestão de crises. “Empresas capazes de se adaptar a essas tendências estarão bem preparadas para garantir a segurança e qualidade dos alimentos em um ambiente logístico que está em constante transformação”, comenta.

A rastreabilidade eficiente é outro ponto crucial, conforme destaca Schmeing, da IBL Logística. “A rastreabilidade eficiente desde a cadeia produtiva até o consumidor final é um desafio que todos devem enfrentar para prestar um excelente serviço, garantindo controle e rastreabilidade do início ao fim. Quem não seguir essas regras pode desaparecer do mercado, pois o consumidor final está cada vez mais exigente”, alerta Schmeing.

As mudanças climáticas estão na visão de Moreira, da AHM Solution, pois elas representam um desafio significativo para a logística de alimentos, especialmente em um país de dimensões continentais como o Brasil. “O uso de tecnologias de controle de temperatura e umidade será cada vez mais necessário para evitar perdas nesse segmento”, destaca Moreira. Ele aponta que a instabilidade climática em diversas regiões do planeta exige que as empresas adotem tecnologias avançadas para manter a qualidade e segurança dos alimentos durante o transporte e armazenamento.

Participantes

AHM Solution – Sua especialidade é mapear os riscos de acidentes e avarias em cada operação e apresentar um diagnóstico completo. Este amplo diagnóstico pode e deve ser realizado nos três elos da Cadeia de Suprimentos: logística inbound (abastecimento), logística outbound (distribuição) e intralogística (armazenagem). Para cada um destes elos, oferece soluções para eliminar ou reduzir os riscos de acidentes e avarias, como sistemas de detecção de pedestres, sistemas de alertas visuais e sonoros, registradores de impacto, tombamento e temperatura das cargas e garfos que aumentam a produtividade das empilhadeiras, entre outros.

Frigo King – É especializada no transporte em baixas temperaturas de cargas perecíveis e sensíveis realizado em caminhão refrigerado. Oferece 18 modelos de equipamentos de refrigeração divididos nas linhas Titan, Apollo, Flex e SA1. Isso garante versatilidade operacional e capacidade em atender qualquer tipo de transporte em baixa temperatura no Brasil.

Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil – É uma organização multissetorial sem fins lucrativos que representa nacionalmente a GS1 Global. A entidade conta com cerca de 58 mil associados que representam 36% do PIB nacional e 12% dos empregos formais. Em todo o mundo, a GS1 é responsável pelo padrão global de identificação de produtos e serviços (Código de Barras e EPC/RFID) e comunicação (EDI e GDSN) na cadeia de suprimentos. Além de estabelecer padrões de identificação de produtos e comunicação, a Associação oferece serviços e soluções para as áreas de varejo, saúde, transporte e logística.

HC Horburg – É fabricante de carrocerias e semirreboques próprios para o transporte frigorificado. A linha de produtos é formada por Paleteira (para transporte de cargas paletizadas), Sorveteira (para transporte de produtos supercongelados), Versatile (atende toda gama de veículos leves), Gancheira (para transporte de carnes penduradas), Prateleira (para produtos diversos), Semirreboque (para produtos paletizados e carne pendurada) e o Baú 100% elétrico, desenvolvido especialmente para operar com o JAC I 1.200T, de 7,5 PBT e capacidade de 3 toneladas de carga no baú.

IBL Logística – O Grupo IBL é um Operador Logístico que oferece soluções integradas para diversos setores da economia, atuante em todos os modais com movimentação inbound e outbound no suporte de Centros de Distribuição estratégicos.