Apesar da pandemia, a APM Terminals Pecém, no Ceará, alcançou dois recordes seguidos neste ano: o excelente mês de setembro que havia sido o melhor mês da história, com mais de 41 mil TEUs foi logo superado pelo mês de outubro, com 46.705 mil TEUs movimentados. No acumulado do ano (até outubro), o Terminal de Pecém soma 309.051 mil TEUs, 7,9% acima de 2019.
Já no sul, o Terminal de Itajaí cresceu na casa dois dígitos em 2020, mantendo o ritmo dos últimos 3 anos. Até outubro, o Terminal já havia operado mais de 457 mil TEUs, frente os 403 mil TEUs movimentados no mesmo período de 2019, com aumento de 13,4%. A previsão é bater a marca de meio milhão de TEUs até dezembro. Assim como o “irmão” de Pecém, Itajaí teve um mês com movimentação histórica em outubro, com expressivos 53.500 mil TEUs. No acumulado, de 2017 a 2020, o crescimento da APMT Itajaí passou de 200%.
Consolidação no Nordeste
Entre os principais motivos pelo crescimento na região Nordeste destacam-se a localização estratégica do porto para cadeia logística dos armadores e clientes finais, as linhas com navios maiores e com maior capacidade de carregamento, a alta do dólar, recuperação econômica pelas datas especiais (blackfriday, natal, eventos final do ano) e a excelência operacional do Terminal cearense.
Os volumes também vieram acompanhados de importantes avanços para APM Terminals Pecém, com o início do recebimento de navios de maior porte, por exemplo. Em agosto, o Terminal recebeu o MSC Shuba B, maior navio a atracar no Estado, com 330 metros de comprimento por 48,2 metros de boca. O gigante que marcou também o início da temporada da safra de frutas do Ceará.
Na questão de infraestrutura, outra grande novidade foi a inauguração pelo Porto do Pecém do berço 10, o que elevou a capacidade operacional do Terminal Portuário. “Ver os nossos guindastes percorrendo os novos trilhos foi um momento marcante para a APM Terminals Pecém. O novo berço 10 traz uma capacidade adicional de 300 metros, colocando o Pecém dentro de um seleto grupo de Portos na América Latina que podem acomodar os navios New Panamax Vessels com calados de até 15,30 metros. O novo berço também otimizará o nosso sistema de janelas de atracação, reduzindo o tempo de espera no fundeadouro”, pontua Daniel Rose, diretor Superintendente da APM Terminals Pecém.
Com tudo, de acordo com o Gerente Comercial da APMT Pecém, André Magalhães, a recuperação de 2020 foi ainda maior do que imaginado: “Não esperávamos uma recuperação tão forte e tão rápida nesse início de 3º trimestre. A Cabotagem, com as suas seis linhas regulares em Pecém, resistiu bem aos impactos da COVID, consolidando-se como solução logística para a região”, explica.
André destaca também a importância da safra de frutas – como melão, melancia e a uva e manga do Vale de São Francisco – para os mercados de Estados Unidos e Europa como relevantes para os números. “Neste ano, crescemenos 17% na exportação de mangas para o EUA e APMT operou praticamente 70% de todo o mercado de exportação de mangas do Vale de São Franscisco. Com relação ao melão, já estamos movimentando 100% acima do volume de 2020, graças aos navios maiores e ao grande comprometimento dos armadores com os clientes locais, evitando cancelamento de escala”, afirma Magalhães.
A exportação reefer registrou um salto de mais de 70% em comparação com mesmo período do ano passado, foram mais de 16.800 TEUs operados em 2020, contra 9.900 TEUs em 2019.
SUL EM ASCENSÃO
Já em Itajaí (SC), a exportação de cargas congeladas e a retomada das importações no segundo semestre ditaram o ritmo do crescimento. Entre os 10 maiores portos do Brasil, a APMT Itajaí foi único com crescimento no sentido da importação, de acordo com o Datamar (dados até agosto).
Enquanto isso, no sentido da exportação, entre os 10 maiores do país, Itajaí ficou entre os quatro que que tiverem aumento, sendo o que apresentou o maior percentual de crescimento, com 21%, segundo o Datamar (dados até agosto).
De acordo com o diretor superintendente da APM Terminals Itajaí, Aristides Russi Júnior, há razões diversas para o crescimento: “Podemos citar como exemplos o fortalecimento do dólar e das indústrias – em especial na exportação, – mas além disso, tivemos um expressivo aumento da nossa fatia de mercado ampliando nosso market share entre os portos de Santa Catarina, que revela a consolidação da APM Terminals na região, apesar da forte concorrência no Estado”, destaca Arisitides.
O gerente comercial da APM Terminals Itajaí, Daniel Belisário, reforça ainda os serviçoes extras oferecidos como atrativos para os clientes: “Nossa equipe desenvolveu novos produtos para aumentar ainda mais a fonte de receita, permitindo-nos oferecer serviços de valor agregado real aos nossos clientes LSCs, ajudando a otimizar sua cadeia de suprimentos, diversificando nosso portfólio de produtos permitindo-nos aumentar nossos resultados líquidos.
Na questão de infraestrutura, por sua vez, Itajaí celebrou em 2020 a inauguração da Bacia de Evolução do Complexo Portuário da Região. Com a nova Bacia, agora o Terminal pode receber navios de ate 350 metros de comprimeto por 48 de boca. A obra coloca Itajaí definitivamente na rota dos navios gigantes que trafegam na costa brasileira. Ainda, com o aumento de movimentação, para melhoria da capacidade operacional, a APMT Itajaí realizou no segundo semestre do ano passado, investimentos em equipamentos de pátio (reach stackers) na ordem de mais de R$ 14 milhões.