Com os sinais de recuperação da indústria, comércio e serviços, o setor de logística se prepara para atender os segmentos com maior potencial de crescimento, após dois anos de recessão no país. É o que está acontecendo com a Pacer Logística, que ampliou sua estrutura em São Paulo, apostando no avanço dos mercados mais resistentes à crise, como higiene pessoal, cosméticos, produtos para animais domésticos, medicamentos e serviços de telecomunicações.
O Brasil é o quarto maior mercado consumidor de produtos de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (indústria conhecida pela sigla HPPC), mas já esteve na terceira posição em 2015. Segundo a ABIHPEC (associação do setor), este segmento fatura mais de R$ 100 bilhões por ano no país, o que representa 1,8% do PIB brasileiro.
Já a indústria pet faturou cerca de R$ 19 bilhões no Brasil em 2016, um crescimento anual de quase 5% em plena crise. E também ocupa o terceiro lugar no mercado mundial: são 50 milhões de cães e 22 milhões de gatos no país, de acordo com o IBGE.
Estes dois setores estão entre as apostas da Pacer Logística, que expandiu sua estrutura para três galpões de cargas, na Grande São Paulo. Os armazéns, que ficam no Centro Logístico Anhanguera (CLA), em Osasco, contam agora com 2.000 posições-paletes.
“Acreditamos que o país fez a curva e que o pior passou. E estamos preparados para atender à demanda de setores como o de cosméticos, que não para de crescer, e o de produtos pet, que, apesar de grande, ainda não tem uma operação logística bem estruturada”, diz Alexandre Caldas, diretor da Pacer.
Outro mercado em que a empresa já opera e que deve continuar crescendo no Brasil é o de telecomunicações. De acordo com a Anatel, o país já conta com 242 milhões de celulares e 27 milhões de pontos de acesso à banda larga fixa.
A Pacer atua para grandes empresas deste segmento em operações de transporte e armazenagem e logística reversa de equipamentos de infraestrutura de rede, entre outros.
A operadora logística também está certificando seus armazéns junto à Anvisa (Vigilância Sanitária) para operar com medicamentos e correlatos, em sala refrigerada. No ano passado, a indústria farmacêutica apresentou crescimento de 13% no país, com um faturamento de R$ 85 bilhões.
“Para suportar o crescimento esperado, estamos reestruturando nossa equipe e investindo em novos sistemas de gestão de transporte e armazenagem (TMS e WMS), além de contar com um dos mais avançados sistemas de planejamento e gestão empresarial (ERP)”, relata Luciano Guedes, diretor da empresa.