De olho na contenção de gastos, as empresas de atacado e distribuição conseguiram fechar o ano passado sem perdas reais, segundo estimativas da Abad (associação que representa o segmento).
O faturamento do setor cresceu, em termos nominais (descontando a inflação), 0,44% no acumulado de 2015 até dezembro em comparação a igual período de 2014.
Mesmo tímido, o resultado é satisfatório, na visão de José do Egito Frota Lopes Filho, presidente da entidade, “tendo em vista o enorme desafio enfrentado pelos empresários do segmento durante o ano”.
“Como os supermercados, os atacadistas tendem a ser os últimos a sentir a crise de demanda e se recuperam antes dos demais. Criamos embalagens que atendessem às novas demandas do cliente, conseguimos levar promoções e manter negócios.”
Lopes Filho, que também é dono da companhia de distribuição Jotujé, sediada no Ceará, lembra que o esforço de enxugamento de gastos na sua empresa foi anterior ao ano passado, já antevendo um 2015 difícil para negócios.
“Na empresa, a gente diminuiu o nosso negócio para focar em fornecedores que pudessem atender melhor aos clientes.” A reestruturação os levou a uma queda de 18% no faturamento.
“A gente preferiu diminuir o faturamento, mas a rentabilidade melhorou.” A redução de tamanho foi acompanhada por um corte de funcionários. O setor é responsável atualmente pela geração de 353,4 mil empregos diretos.
Fonte: Folha de S. Paulo