Faturamento real no mês cresceu 14,19% em relação a fevereiro e é o primeiro resultado positivo do ano. Setor mostra-se otimista em relação ao crescimento anual, projetado em 1,5%.
O Banco de Dados ABAD/FIA (Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados), que traz mensalmente os dados preliminares do crescimento das empresas atacadistas e distribuidoras de todo o país, acaba de divulgar os dados referentes a março/2015.
De acordo com os resultados da pesquisa, que vinha mostrando índices negativos de crescimento, é possível observar uma reação dos agentes de distribuição ao fim do primeiro trimestre do ano.
O faturamento real (deflacionado) no mês de março cresceu 14,19% em relação ao mês anterior e é o primeiro resultado positivo nesse tipo de comparação desde dezembro. Janeiro e fevereiro apresentaram queda de 13,93% e 8,15%, respectivamente.
Já na comparação trimestral, o setor apresenta um crescimento ainda negativo em relação ao mesmo período de 2014: -9,76% (descontada a inflação).
Contudo, ao compararmos o primeiro trimestre deste ano com o primeiro trimestre de 2014, é preciso lembrar que a base de comparação é alta, visto que o desaquecimento da economia foi verificado principalmente no segundo semestre daquele ano.
A boa notícia é que nos resultados de março, comparados a março do ano passado, o indicador demonstra uma leve queda de -1,19% (descontada a inflação).
Perspectivas
“Certamente, teremos ainda meses difíceis pela frente. Há importantes desafios nas áreas econômica e política, cujo real impacto poderemos avaliar corretamente apenas com o correr do tempo”, avalia o presidente da ABAD, José do Egito Frota Lopes Filho.
Mas ele acredita que o movimento é positivo e abre a possibilidade de alguma recuperação real ao longo dos próximos meses. “Também estamos levando em conta os dados do Ranking ABAD 2015 que apontam para o crescimento nas vendas do varejo de vizinhança e nos supermercados médios do interior do país e principalmente das regiões Nordeste e Centro-Oeste. Esse conjunto de bons fatores nos fazem acreditar que será possível crescer em torno de 1,5% no ano”, finaliza.
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