Segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT, o Brasil possui mais de 70 mil empresas de transporte, responsáveis pela movimentação total dos produtos para o abastecimento de mercadorias aos consumidores, comércios e indústrias.
Em todo o território nacional, as movimentações de cargas devem ter um seguro para evitar prejuízos em casos de roubos e acidentes, sendo obrigatório o seguro de responsabilidade civil.
Esse processo de registrar a movimentação, análise e verificação da mercadoria é conhecido como “averbação”, ou seja, toda carga precisa estar assegurada. As transportadoras, ao adquirirem os serviços de averbação eletrônica de cargas, têm como objetivo informatizar os processos e cumprir com os seus gastos de forma mais eficiente e segura em relação ao seguro da carga. “Sem isso, seria um trabalho enorme para contratar funcionários e fazer o processo”, explica Flademir Lausino de Almeida, sócio diretor da AT&M Tecnologia (Fone: 19 3885.2000), empresa considerada líder no mercado de averbação eletrônica.
Obrigatoriedade
Almeida explica que em todo o território nacional, em se tratando das movimentações de cargas, é obrigatório o seguro de responsabilidade civil para evitar prejuízos em casos de roubos e acidentes em todos os segmentos: rodoviário, ferroviário, fluvial, marítimo e aéreo. “A averbação eletrônica é obrigatória por lei e, desde dezembro de 2011, pela resolução 247 da SUSEP – Superintendência de Seguros Privados toda carga deve ser averbada antes de sua movimentação, transmitindo para as companhias de seguro todos os documentos que compõem tal carga. Desta forma, evita-se a seleção de riscos, sonegação de informações para seguro e perda de receita.”
O sócio diretor da AT&M ressalta que, quando não é feita a averbação, o transportador assume o risco, arcando com todo o prejuízo em caso de sinistro, podendo até ter a sua apólice cancelada. Num futuro muito próximo, sem a averbação não será possível transportar nenhuma mercadoria em todo território nacional.
Assim, averbação é coletar todas essas informações, checar para saber se os dados da carga estão coerentes com a apólice do seguro do cliente e transmitir essa informação para a companhia de seguro. Tudo registrado de forma online.
“A transportadora, quando emite o documento de Conhecimento de transporte, isso é registrado no sistema da Secretaria da Fazenda (SEFAZ) de cada Estado. Desta forma, o SEFAZ responde positivamente através de um protocolo que significa a liberação fiscal da mercadoria em relação aos impostos. Para que a carga fique devidamente coberta pelo seguro, o segurado disponibiliza as informações do conhecimento de transporte para o sistema da AT&M, que checa contra os dados da apólice cadastrados em seu sistema. Tudo isso é checado em frações de segundos pelos diversos sistemas da empresa, para que, caso ocorra algum sinistro, a carga esteja devidamente assegurada e o cliente (transportador/embarcador) possa receber o seguro devido”, explica Almeida.
Ele também lembra que a averbação eletrônica envolve toda a cadeia logística, pois assegura que as mercadorias transportadas estejam devidamente asseguradas, dando tranquilidade em caso de sinistro que as despesas que envolvem tal ocorrência sejam cobertas, minimizando os prejuízos.
“Ela proporciona vários benefícios aos envolvidos no transporte, como automação dos processos, maior agilidade, menor incidência de erros, pois não há o fator humano envolvido no processo, e diminuição da sonegação, tanto de impostos quanto de prêmios de seguro.
História
A AT&M surgiu em 1996, a partir da tecnologia EDI (Electronic Data Interchange), que atende a todos os segmentos da economia para a troca de informações de forma segura, entre fornecedores, clientes, parceiros, empresas e filiais. Naquela época, o processo de averbação de cada carga no Brasil era feito manualmente. “As pessoas faziam o cálculo das cargas para o seguro, separando por origem e destino, e enviavam cópias das guias de transportes para as seguradoras calcular o valor dos prêmios dos seguros. Como um profissional de tecnologia, identifiquei uma grande necessidade do setor e tive a ideia de informatizar esse processo. Por meio da tecnologia EDI, criei uma base para o processo de averbação eletrônica no país, de forma inédita”, explica Almeida.
Por mês, a AT&M controla mais de 23 milhões de documentos de seguros e possibilita a troca de informações entre transportadoras, corretores e companhias de seguro.
Além disso, desenvolve sistemas de TI para os segmentos da indústria, comércio e serviços e quaisquer outros segmentos de empresas que buscam a tecnologia EDI. Atualmente, são mais de 18 mil empresas que utilizam soluções AT&M, que atende os segmentos de seguros, averbação eletrônica, corretores de seguros e companhias de seguros – hoje são 21 companhias de seguros e mais de 780 corretores.