A companhia aérea Azul desistiu da parceria planejada com os Correios, alegando que prefere ter mais flexibilidade para sua unidade de transporte de cargas.
Em comunicado enviado ao mercado na última terça-feira (26), a Azul alegou que a receita da Azul Cargo Express subiu 57% em 2018, ritmo superior ao projetado quando começou a negociar com os Correios.
“Como resultado, a companhia acredita que é de seu interesse ter flexibilidade para celebrar outros acordos comerciais mais favoráveis, assim como participar de futuros processos de licitação competitiva dos Correios para o transporte de cargas”, afirmou a Azul no documento, adicionando que a suspensão do plano não impacta suas projeções financeiras para 2019.
A parceria anunciada no fim de 2017 previa que a Azul teria 50,01% da operação, enquanto os Correios ficariam com os 49,99% restantes. O negócio recebeu aval definitivo do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) no mês passado.
John Rodgerson, presidente-executivo da Azul, afirmou que, apesar de o acordo ter sido desfeito, a base de clientes da companhia no transporte de cargas deve seguir crescendo.
“Com a adição de aeronaves de nova geração, que possuem maior compartimento de carga, esperamos ver uma contribuição significativa de margem proveniente da nossa unidade de negócio de cargas nos próximos anos”, afirmou Rodgerson.