Black Friday exige investimento em estoque e armazenagem

Com a retomada integral do varejo, o avanço da vacinação em todo País e o otimismo econômico gerado pela proximidade de importantes datas, como a Black Friday e as festividades de Natal e Ano Novo, indústrias de alimentos e bebidas e empresas do atacado e varejo estão no alvo das altas demandas. E para atender o consumidor final, com garantia de estoque, entrega rápida e bons preços, desde julho muitas companhias vêm ampliando sua capacidade de armazenagem para não faltar nada na mesa e na casa dos brasileiros.

Grandes players nacionais e fornecedores de infraestrutura e serviços se preparam com muita antecedência para os picos de armazenagem de fim de ano, um planejamento realizado no início do primeiro semestre, explica o especialista em logística, Sergio Gallucci: “No segmento de bebidas, por exemplo, temos o “plano verão”, que vai da primavera até um pouco depois do carnaval e movimenta toda a cadeia: matéria-prima, produção, envase, preparação e estocagem, seja de vasilhames, engradados, embalagens de vidro, produtos acabados, distribuidores e supermercadistas, entre tantos outros itens”.

Segundo Gallucci, uma das soluções mais usadas hoje pelo mercado para ampliar a capacidade de estoque e armazenagem é locar galpões por um determinado período de tempo, dada a flexibilidade de uso e velocidade de instalação. “Além da montagem de um galpão deste tipo poder ser realizada em qualquer solo, de qualquer tipo de empresa, é possível estruturar um armazém de 1 mil metros quadrados em menos de uma semana”, ressalta.

Ainda de acordo com o especialista, que também é diretor Comercial e de Marketing da Tópico, líder nacional em fabricação e aluguel de galpões flexíveis e coberturas, o segundo semestre é responsável por 77,5% dos projetos realizados anualmente para o setor de alimentos e bebidas. “O volume montado nesse período, considerando a média dos anos de 2019, 2020 e a projeção 2021, será três vezes maior que toda nossa entrega nos primeiros seis meses do ano, tamanho o impacto das festividades e a alta trazida pela sazonalidade.

Custo x Benefício – São vários os motivos que levam as empresas a optarem por esse modelo de negócio. A principal delas, lembra o executivo, é a necessidade de aumentar a capacidade própria de estoque de forma rápida. “Mas são levados em conta outros fatores estratégicos, como o controle da operação logística dentro do próprio site do cliente, a redução no custo total final da operação logística, já que o galpão lonado tem preços mais competitivos que a alvenaria e espaços em condomínios logísticos, e a possibilidade de ter um contrato ajustado de acordo com o período de utilização. Por fim, o benefício de poder mudar o tamanho, o layout e o tipo de produto armazenado com muita agilidade é mais um ponto de diferenciação”, conclui Gallucci.