A Bolsa de Valores de São Paulo fechou os negócios desta quinta-feira, 30, com forte valorização pelo terceiro dia seguido, aproveitando-se da recuperação dos preços de commodities e dos mercados externos. O principal índice da Bovespa deu um salto de 7,47%, para 37.448 pontos. O giro financeiro da sessão foi de R$ 5 bilhões. Num rally de última hora em Wall Street, o índice Dow Jones fechou com avanço de 2,11%, superando os 9 mil pontos, e o Nasdaq subiu 2,49%.
O movimento na Bovespa foi novamente puxado pelas ações de bancos e de empresas ligadas a matérias-primas. Em destaque, Gerdau Metalúrgica disparou 13,3%, para R$ 20,00. Bradesco avançou 11,67%, a R$ 25,74.
No mercado de câmbio, o dólar fechou em queda pela quarta sessão consecutiva nesta quinta-feira, acompanhando a melhora dos mercados globais e as contínuas atuações do Banco Central no mercado. A moeda norte-americana caiu 1,73%, a R$ 2,103, ampliando a queda acumulada nesta semana para 9,5%. A divisa, no entanto, ainda caminha para fechar o mês de outubro em forte alta – já que no encerramento de setembro era cotada a R$ 1,906.
"O mercado está um pouco mais sereno, principalmente depois de todo o noticiário de ontem. O humor em geral está melhor", afirmou Luis Piason, gerente de operações de câmbio da corretora Concórdia. Ele ressaltou que a tranquilidade do mercado se refletia também no baixo volume de negócios.
Na Europa, as ações européias terminaram o dia em leve alta depois de uma sessão volátil nesta quinta-feira, com as ações do setor bancário registrando os maiores ganhos. Mas o mercado perdeu sua força com a queda de ações ligadas ao setor petrolífero e a perda de fôlego em Wall Street. O principal índice de ações européias FTSEurofirst 300 index fechou em alta de 0,73%, a 903 pontos. Na máxima da sessão, o índice atingiu 922 pontos.
Grandes empresas do setor petrolífero, como a Royal Dutch Shell e a Total, registraram quedas de cerca de 4%, enquanto a BP caiu cerca de 2%, à medida que as perdas do petróleo ofuscaram os lucros acima do esperado da Shell.
Os bancos Santander, UniCredit e UBS chegaram a registrar altas entre 3 e 4%. O Deutsche Bank saltou 17,74%, depois que o grupo conseguiu fechar o terceiro trimestre no azul, escapando do prejuízo por conta de novas regras contábeis. Ainda assim, a instituição amargou pesadas perdas em negócios imobiliários.
Em Londres, o índice Financial Times fechou em alta de 1,16%, a 4.291 pontos. Em Frankfurt, o índice DAX avançou 1,26%, para 4.869 pontos. Em Paris, o índice CAC-40 subiu o 0,15%, para 3.407 pontos.
Em Milão, o índice Mibtel encerrou em alta de 1,36%, a 16.090 pontos. Em Madri, o índice Ibex-35 registrou alta de 2,0%, para 8.822 pontos. Em Lisboa, o índice PSI20 teve alta de 0,45%, para 6,254 pontos.
Swap
Na quarta-feira, o Federal Reserve anunciou quatro novas linhas de swap de moedas que poderão disponibilizar até US$ 30 bilhões ao Brasil. Piason destacou ainda que diversas empresas com problemas de posicionamento nos mercados futuros de câmbio estão renegociando os contratos com os bancos, o que alivia uma parte das pressões sobre o câmbio.
Nas últimas semanas, diversas empresas divulgaram exposição preocupante nos mercados derivativos, gerando desconfiança por parte dos concessores de empréstimo e empoçando a liquidez. "A intenção do BC é dar tranqüilidade, entrando diariamente no mercado", completou Piason.
Nesta sessão, o Banco Central realizou um leilão de swap cambial tradicional, em que repassou ao mercado o equivalente a quase 1 bilhão de dólares. Além disso, foram feitos três leilões de venda de dólar com compromisso de recompra, vendendo efetivamente 860 milhões de dólares.
Fonte:Diário do Comércio – www.dcomercio.com.br
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