O sistema bancário brasileiro é uma das razões pelas quais o contágio da crise internacional é, até o momento, menos intenso no Brasil, de acordo com o diretor do Centro de Desenvolvimento da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), Javier Santiso.
Segundo o economista, a presença modesta de bancos estrangeiros no mercado, somada à ação dos bancos públicos para irrigar as empresas com empréstimos, impedem que a crise de crédito se alastre pelo País.
Para Santiso, três fatores contribuem para que no ano de 2009 o risco de contaminação pela crise cresça entre os países latino-americanos: alta dependência (65%) das exportações para nações ricas, a maioria dos quais em recessão; fuga de capitais; e o grau de contágio do sistema bancário.
Neste último ponto, o Brasil foi alvo de elogios. De acordo com Santiso, a baixa presença de bancos estrangeiros no mercado brasileiro – da ordem de 30% – evita que a crise de solvência das instituições multinacionais se alastre no País. "O caso do Brasil é diferente do México, onde mais de 90% dos bancos são de capital externo. Nos anos 90, isso era apresentado como uma deficiência", disse Santiso. "Hoje está claro que um sistema bancário mais doméstico reduz à exposição às limitações de crédito, contendo os riscos ligados às matrizes estrangeiras."
Fonte: Diário do Comércio – www.dcomercio.com.br
Deixe um comentário
Você precisa fazer o login para publicar um comentário.