A BYD Energy se tornou pioneira no setor ao promover teste de integridade dos módulos fotovoltaicos durante o transporte. Para isso, o produto foi usado em um road test de mais de 2,3 mil quilômetros, com deslocamento por rodovias em más condições.
O trajeto incluiu as mais severas possibilidades e condições de rolamento, passando por estradas de difícil acesso, com pavimentação deficiente ou até inexistente. Isso se fez necessário para simular, com a máxima fidelidade possível, as condições existentes para acesso aos locais onde estão localizadas as usinas de geração de energia, geralmente construídas em locais remotos. Ou seja, lugares complexos e que necessitam de uma embalagem preparada para assegurar a qualidade do produto.
O road test, considerado inédito no segmento, ocorreu entre os municípios de Campinas, SP, onde está localizada a sede da BYD Energy, e Buritizeiro, situado na região norte de Minas Gerais. “Quisemos simular a pior situação possível de transporte para conhecer os possíveis danos aos módulos”, destaca Rodrigo Garcia, gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da BYD Energy do Brasil. Ao final do percurso, constatou-se que 6% dos módulos transportados em condições não ideais apresentaram microfissuras.
Vale destacar que módulos e inversores são aparelhos eletrônicos extremamente sensíveis que precisam de embalagens que garantam a sua proteção durante o transporte. “No teste, colocamos embalagens que não estão em condições ideais e também as nossas embalagens, que tem uma função estrutural que possibilita o empilhamento sem excesso de esforço ao módulo, evitando microfissuras. E a que apresentou 6% de índice de falhas são aquelas embalagens normais e sem reforços, utilizadas em larga escala no mercado, que não consideradas aptas para carregar esse tipo de produto e que geram problemas nos módulos”, informa Garcia.
Para se ter ideia, essas microfissuras, invisíveis a olho nu, podem ser identificadas apenas através de um teste de eletroluminescência, que é feito no laboratório da empresa em Campinas, único do gênero na América Latina com tecnologia e know-how para realizar essa avaliação, de acordo com o gerente de Pesquisa e Desenvolvimento.
Além de comprometer a geração energética e a vida útil do módulo, as microfissuras, com o tempo, evoluem para hotspots (áreas de temperatura elevada que podem afetar de forma significativa a eficiência do módulo fotovoltaico) que, dependendo da intensidade, causam problemas como caixas de junção derretidas e queimadas, delaminação dos módulos devido às altas temperaturas ou, em casos extremos, o início de um incêndio.
Embalagem resistente
Para evitar, por exemplo, que esse tipo de microfissura apareça após longos deslocamentos e gere problemas, “a BYD Energy conta com a embalagem mais robusta do mercado solar do Brasil, o que garante qualidade total dos produtos que saem da fábrica com destino aos clientes finais de todo o país. As utilizadas pela BYD Energy, por exemplo, possuem o dobro de espessura que o mercado pratica. Isso gera uma resistência de 34 kgf.cm, contra 15 kgf.cm usado por outras marcas”, aponta Garcia.
Ainda segundo ele, para se ter ideia do nível de qualidade, as embalagens dos módulos fotovoltaicos produzidos na China contam com o mesmo padrão de qualidade das fabricadas no Brasil. Tudo é adequado aos interesses do braço brasileiro da BYD Energy. “De nada adiante ter um produto de fábrica em ótimas condições e entregá-lo danificado para o cliente. A chegada em perfeito estado depende, e muito, de uma embalagem com qualidade. E o que o cliente vai ganhar com isso? Uma durabilidade maior do módulo. Ele não vai ter problema com garantia e vai atingir os seus objetivos em termos de geração de energia. O cliente tem que acreditar que hoje todo mecanismo de transporte já foi pensado para evitar qualquer tipo de problema”, finaliza Garcia.