Ideais para a logística do frio, caixas e paletes de plástico são resistentes e de fácil higienização

Ideais para a logística do frio, caixas e paletes de plástico são resistentes e de fácil higienização
Pela variação de temperatura a que serão submetidos, estes unitizadores devem ser construídos em matéria prima virgem, o que também facilita a higienização e a segurança dos produtos transportados e armazenados.

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A cadeia fria requer uma logística especial, adequada às condições severas de temperatura. Por isso, equipamentos e produtos utilizados na movimentação e armazenagem dos materiais neste segmento devem seguir padrões para garantir a integridade da carga.

Entre esses produtos estão as caixas e os paletes de plástico, foco dessa matéria, que complementa o assunto principal da edição de junho da Logweb Digital, Número 39, incluindo empilhadeiras, transpaleteiras, controladores de temperatura, atuação de Operadores Logísticos, transportadoras e embarcadores no setor. Confira em “Revista” no site www.logweb.com.br.

Caixas plásticas

A maioria das caixas usadas na logística fria possui partes vazadas que proporcionam melhor refrigeração na operação, no transporte, na câmara fria e até mesmo na comercialização dos produtos congelados e resfriados, explica Romero de Melo Ferreira, especialista de vendas da Plásticos Novel São Paulo.

Além disso – continua ele – as mais procuradas são as com medidas compatíveis com o palete padrão PBR, que têm quatro entradas e dimensões de 1.200mm x 1.000mm. “Seu formato retangular oferece maior flexibilidade para a otimização de veículos de transporte, portanto, as caixas que seguirem essas configurações são ideais”, expõe.

Elas são encontradas em medidas diversas, de maneira que podem atender várias funções dentro das operações de uma logística fria. Segundo Ferreira, existem exceções, dependendo de cada operação, e isso inclui também caixas fechadas. “Mas a tendência de mercado é que cada vez mais sejam usadas as com orifícios e medidas compatíveis ao palete PBR, porque facilitam muito o transporte, do carregamento até sua movimentação. E para produtos congelados ou resfriados, a agilidade nessas etapas é fundamental”, complementa.

Para Jose Ricardo Braulio, diretor da Jose Braulio Paletes, as caixas mais utilizadas são as de 7, 36 e 42 litros, devido às medidas padronizadas, principalmente para pescados e açougues, sempre fabricadas com matéria prima virgem, polietileno de alta densidade. Matéria prima virgem significa de primeira injeção e com características específicas em sua composição para suportar temperaturas extremas, explica Celso Formigoni Jr, diretor comercial da Pratic Line Industrial.

Entre os concorrentes deste tipo de produto estão as embalagens feitas de papelão, vacuum-forming e sacos plásticos, que também são utilizadas na logística fria, como cita Formigoni Jr.

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Locais e segmentos

As caixas plásticas são mais usadas no setor de fabricação, seleção, armazenagem e acondicionamento em câmeras frigorificadas, como também no transporte ao cliente final, sendo necessária a logística reversa. “Para isso, oferecemos cores e marcação a fogo com o logotipo do proprietário da caixa”, salienta Jose Ricardo, da Jose Braulio.

Além das câmaras frias, Formigoni Jr, da Pratic Line, cita o uso em baús de transporte especiais, com temperatura controlada. De forma geral, Ferreira, da Plásticos Novel, diz que as caixas plásticas são usadas em toda a gestão da cadeia do frio, passando pelas atividades de manuseio, transporte, armazenagem, embalagem e movimentação.

Estão mais presentes em frigoríficos, indústria de pescados, peixarias, embarcações, açougues, hortifrutigranjeiros, setores farmacêutico, de cosméticos, bebidas e agro alimentos, além da indústria química.

As caixas plásticas para a logística fria são fabricadas com matéria-prima mais resistente e diferenciada das demais caixas porque precisam suportar temperaturas negativas. “É essa produção diferenciada que traz o maior benefício para a logística fria, que é manter o acondicionamento dos diversos produtos em temperaturas negativas, sem apresentar variações de cor, peso e formato, além disso, são caixas que proporcionam maior facilidade na higienização”, ressalta Ferreira, da Plásticos Novel.

Realmente, Formigoni Jr, da Pratic Line, destaca o fato de elas serem produzidas com material específico, próprio para suportarem as temperaturas e, com isso, ajudam no transporte e acondicionamento na cadeia de suprimentos dos diversos segmentos que as utilizam.

Unitização, acondicionamento, higienização e facilidade na pesagem, pois têm o peso unitário muito parecido, são as vantagens citadas por Jose Ricardo, da Jose Braulio.

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Higienização

Em razão da pandemia do novo coronavírus, Ferreira, da Plásticos Novel, observa que aumentaram os cuidados com a higienização das caixas plásticas em todos os seus processos. “Talvez o ponto mais relevante neste momento esteja relacionado à RDC nº 391 da Anvisa, que altera a nº 326, resolução que estabelece a lista positiva de aditivos e revestimentos poliméricos que podem ter contato com alimentos. O prazo para regulamentação foi prorrogado para junho de 21”, expõe.

Por sua vez, Jose Ricardo, da Jose Braulio, acredita que haverá maior fiscalização e exigência do consumidor com as práticas de higiene de cada empresa.

Paletes plásticos

Agora falando dos paletes plásticos, os mais usados na logística fria são os fabricados através do processo de injeção, porque acabam proporcionando melhor custo-benefício devido à maior produtividade, conta Ferreira, da Plásticos Novel. Seguido deles vêm os paletes rotomoldados e termoformados, que possuem características similares e que são muito usados em projetos personalizados por terem menor custo em relação ao desenvolvimento de um novo molde.

De acordo com o especialista de vendas, estes três tipos de paletes oferecem grande facilidade na higienização, além disso, o que no passado era apenas uma recomendação em alguns segmentos quanto ao palete plástico, hoje já é uma exigência dos órgãos fiscalizadores, como Anvisa e SIF – Serviço de Inspeção Federal, por exemplo.

Jose Ricardo, da Jose Braulio, conta que a logística fria utiliza vários modelos e medidas conforme a necessidade de cada momento, porém, é importante destacar que todos os paletes devem ser fabricados com material virgem, que oferece elasticidade e estabilidade. “Não é possível usar material reciclado, que tende a rachar rapidamente em baixas temperaturas, expondo a operação a riscos sanitários e de segurança”, explica.

Vale lembrar que o material virgem pode ser pintado para segregar locais de uso e capacidade de carga, por exemplo. “Cada cor pertence a um departamento e suporta determinada carga, isso facilita visualmente a logística interna, principalmente em câmeras frigorificadas, onde o tempo de exposição do operador deve ser minimizado ao máximo.”

Os paletes para este tipo de operação são usados em câmeras frigorificadas e ambientes com temperatura e higiene controlados, nas atividades de manuseio, transporte, armazenagem e movimentação. Dificilmente não será encontrado um palete plástico em toda cadeia de uma logística fria.

Assim como as caixas plásticas, os paletes deste material são usados em frigoríficos e aviários, nos segmentos farmacêutico, médico-hospitalar, de laboratórios, cosméticos, de alimentos e bebidas, e na indústria química.

“Também são usados na exportação, porque dispensam o tratamento de fumigação em relação ao palete de madeira”, lembra Ferreira, da Plásticos Novel.

Resistência

Como o palete plástico sofre muitas variações de temperaturas em sua cadeia logística, a resistência sem alteração na estrutura e a facilidade na higienização são seus pontos fortes, realça Ferreira.

Além destes benefícios, ele destaca que o produto seca com maior rapidez porque não absorve a umidade, evitando, assim, a proliferação de qualquer agente contaminante, como fungos e bactérias.

Os paletes plásticos permitem à logística fria padronização, facilidade de higienização e durabilidade em relação à umidade, complementa Jose Ricardo.

Em razão da pandemia, a visão de higiene e segurança sanitária tem mudado radicalmente. Segundo o diretor da Jose Braulio, a empresa está muito mais atenta aos equipamentos específicos para atender às normas sanitárias. “Além da fiscalização, que será muito mais rigorosa, as indústrias estão entendendo a sua responsabilidade sanitária na cadeia logística e serão cobradas disso”, finaliza Jose Ricardo.