Carga indivisível: frete incomum exige operação multimodal

A Brasil Projects, empresa dedicada a soluções de cargas especiais, realizou uma mega operação para o frete de um transformador elevador trifásico de 220 toneladas, que partiu da planta da ABB, sediada em Guarulhos (SP), com destino à usina hidroelétrica de Tucuruí, no Pará. A operação necessitou de três modais distintos.

A intenção seria realizar o frete exclusivamente pelo modal rodoviário, mas dado o péssimo estado de conservação das estradas, além das limitações geométricas e estruturais, a operação se mostrou inviável. Como a carga precisava ser transportada, a transportadora desenvolveu um projeto que contemplou os modais rodoviário, marítimo e fluvial. É nessas horas que se vê a quanto anda o PAC…

Tração – O trajeto rodoviário foi realizado com três cavalos-mecânicos, que puxou uma carreta de 32 eixos, cada eixo com oito pneus. Segundo José Carreiro, diretor da Brasil Projects, o transporte poderia ser mais simples, com apenas um caminhão e uma carreta de 10 eixos, mas a legislação exige que o peso da carga seja distribuído por eixo, para que não deteriore – ainda mais – as estradas.O equipamento deixou a cidade de Guarulhos rumo ao porto de Santos. Em seguida, o transformador foi embarcado – agora com apenas uma carreta de 10 eixos, utilizada para o transporte marítimo e fluvial – em navio Ro/Ro (a carga embarca rodando sobre carreta especial) e guardado no porão.

O equipamento desembarcou no porto de Santana 22 dias depois. De lá, a carreta foi encaminhada para o porto fluvial do Rio Matapi, de onde foi novamente embarcada, mas desta vez em uma balsa fluvial, tendo chegado a seu destino final, no município de Tucuruí, 62 dias após sua partida – em Guarulhos –, no dia 5 de maio.

 

Fonte: Transpoonline – www.transpoonline.com.br


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