A operação do navio “Mari Jone”, realizada no píer da Cattalini Terminais Marítimos, na última semana, representou dois importantes marcos para a empresa. A alta produtividade registrada no desembarque de 40,8 mil toneladas de metanol e o uso do produto como combustível marítimo.
Para alcançar uma maior vazão na descarga do produto, a Cattalini definiu a utilização simultânea dos quatros dutos que interligam o píer privativo aos tanques de armazenagem da empresa. “O esforço conjunto de diferentes setores promoveu esse ganho importante para o cliente. Acreditamos que podemos manter a excelência dos nossos serviços a partir da sinergia do time e do planejamento e da organização logístico-operacional”, comentou Bruno Marcel Santos, gerente de logística.
O desembarque foi feito durante 46 horas ininterruptas de operação, com uma média de descarga de 1.109 m³/h, alcançando pico de 1.545 m³/h. Em operações anteriores, com o uso de duas linhas, a produtividade foi, em média, de 800 m³/h.
“Para chegarmos a esses resultados trabalhamos com foco no planejamento e na união entre as nossas equipes. Nosso intuito é sempre garantir que o serviço seja ágil, eficiente e seguro, de modo que a nossa performance e a qualidade da nossa estrutura contribuam para a diminuição dos custos de operação e faça da Cattalini a escolha dos nossos clientes”, declarou Lucas Guzen, gerente comercial sênior.
Operação planejada
O metanol desembarcado no píer da Cattalini ocupou 10 dos 36 tanques do Centro de Tancagem 4 (CT4). “O envolvimento de todos garantiu o pleno atendimento à operação, com segurança, agilidade e eficiência”, destacou Élcio Luiz Kaminski, encarregado de operações do CT4.
Segundo Flávio Jakemiu Araujo Bortolon, coordenador de operações do CT 1, o destaque da operação do navio “Mari Jone” ficou por conta do comprometimento dos times de diferentes setores. “Houve colaboração entre os CTs e o píer para a preparação e adequação das linhas que receberam o metanol e que, originalmente, eram destinadas à movimentação de outros líquidos. Cada etapa do processo exigiu nossa atenção e hoje estamos satisfeitos em ver que possibilitamos esse diferencial para a Cattalini. Cumprimos a missão de atender os clientes com qualidade, agilidade e segurança”, frisou.
Assim como em outras operações portuárias, para atender o “Mari Jone” a Cattalini realizou a chamada “lavagem das linhas”, que é a limpeza dos dutos que transportam os granéis líquidos entre o píer e os Centros de Tancagem. O objetivo é manter a integridade da tubulação e garantir a qualidade das mercadorias transportadas.
“A Cattalini é um terminal dinâmico e está preparado para movimentar diferentes produtos. O processo de limpeza das linhas tem sido nosso diferencial para atender a maiores vazões, como deste navio. Também temos investido em melhorias para ampliar e otimizar essa operação que tem se mostrado relevante para a empresa e para os clientes, resultado de um trabalho conjunto de todos os setores”, salientou Rodrigo Teixeira Voi, coordenador de qualidade operacional.
Combustível limpo
Vindo do porto chileno de Punta Arenas, o “Mari Jone” cumpriu sua jornada até o terminal da Cattalini abastecido com metanol, o que, segundo a Methanex – proprietária da carga e do navio –, atende as normativas de emissões internacionais gases poluentes como a IMO2020.
“O metanol é um combustível marítimo seguro, econômico e globalmente disponível. Com a crescente demanda por combustível marítimo mais limpo, o metanol é um combustível alternativo para navios que ajuda a indústria naval a cumprir regulamentações cada vez mais rigorosas de emissões. O metanol reduz significativamente as emissões de óxidos de enxofre (SOx), óxidos de nitrogênio (NOx) e material particulado, e com a capacidade de ser produzido a partir de fontes renováveis, oferece um caminho para atender às futuras regulamentações de emissões sem mais investimentos de armadores”, informa a Methanex.
Para Leandro Augusto Guimarães da Silva, coordenador de operações do píer da Cattalini, o uso do combustível renovável vai ao encontro dos valores da empresa. “O metanol como combustível marítimo atende a uma exigência da IMO (sigla em inglês para Organização Marítima Internacional) para a redução de emissão de gases poluentes e a transição da matriz energética para novas fontes, como uso o metanol para combustão. É importante estarmos presentes nesse processo de mudança, que vem sendo acelerado nos últimos anos e está alinhado aos valores da Cattalini, entre eles, a preservação ambiental”, completou.