Uma demanda antiga da comunidade portuária é a melhoria no controle de acesso de pessoas e veículos aos portos administrados pela CDRJ – Companhia Docas do Rio de Janeiro: Rio de Janeiro, Itaguaí, Niterói e Angra dos Reis. Igualmente, há necessidade de um maior controle das embarcações que trafegam em seus canais de acesso e áreas de fundeio. Atenta a essas demandas, a atual gestão da CDRJ está concluindo uma série de projetos que visam a atender aos públicos interno e externo, aprimorando os níveis de segurança de suas instalações e a rastreabilidade de informações.
Segurança Portuária no Acesso Terrestre – Um novo projeto de segurança está sendo implementado no Porto do Rio de Janeiro. Até o final de abril próximo, toda uma nova estrutura, que atende às exigências do Código Internacional de Segurança de Instalações Portuárias, estará operacional.
O diretor-presidente da CDRJ, Tarcísio Tomazoni, detalhou essa estrutura: “Serão mais de 150 câmeras, sistema de captura de imagem, sistema de controle de acesso, sistema de detecção de imagem por OCR, rádios, cancelas, catracas, radares de segurança perimetral e um novo centro de controle operacional. E ainda hardwares, softwares e toda a infraestrutura de datacenter necessária para o funcionamento adequado e ininterrupto de um moderno sistema de segurança e controle de acesso”.
Complementarmente, uma plataforma de cadastro e permissão de acesso de pessoas e veículos ao Porto organizado do Rio de Janeiro, bem como para o gerenciamento de agendamentos de veículos de carga, está sendo implantada.
Drones – Com foco no suporte ao controle das atividades de fiscalização (área portuária, acesso aquaviário e meio ambiente), a CDRJ concluiu processo licitatório para aquisição de drones para os portos do Rio de Janeiro e de Itaguaí. Está em elaboração um instrumento normativo que regulamentará a utilização dos equipamentos pela Guarda Portuária e pelas áreas de Controle de Acesso Aquaviário, Controle de Acesso Terrestre e Gestão do Meio Ambiente e Segurança do Trabalho. Mais de 40 profissionais da Guarda Portuária foram capacitados no ano de 2018 para a utilização dos equipamentos.
Gestão e Controle do Acesso Aquaviário – Uma plataforma unificada de controle de acesso aquaviário e gestão das operações portuárias está em fase final de desenvolvimento e implantação. O chamado “Sistema de Gestão Portuária” (SIGPORT), que atenderá aos quatro portos sob a gestão da CDRJ substituirá os sistemas independentes hoje utilizados: o “SuperVia de dados”, para recebimento de documentação; o “SIGEP”, que dentre outras funcionalidades, emite a guia de pagamento; e o “Sistema de Programação de Navios”, que controla o fundeio, as atracações e desatracações das embarcações.
Tomazoni informa que a ferramenta, integrada ao sistema governamental “Porto sem Papel”, otimizará a experiência do usuário, evitando uma série de retrabalhos hoje necessários, haja vista a desconexão entre os sistemas diversos. “Além disso, o SIGPORT contará com módulos hoje inexistentes, como o de fiscalização (área operacional, meio ambiente e segurança do trabalho) e contará com estatísticas e relatórios unificados às demandas da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ).
Parceria com a Marinha do Brasil para implantação do VTMIS – Por fim, ainda no quesito “Gestão e Controle do Acesso Aquaviário”, o diretor-presidente da CDRJ salienta que iniciou tratativas junto ao Comando de Operações Navais da Marinha do Brasil, para celebração de parceria entre ambas as instituições para implantação do Sistema VTMIS (Vessel Traffiic Management Information System) no Porto do Rio de Janeiro.
Nessa parceria, a CDRJ teria acesso aos dados brutos gerados pelo Sistema de Radares em implantação pela Marinha do Brasil na Baía de Guanabara, por conta do Projeto de Gerenciamento da Amazônia Azul (SidGAAZ).