Clark investe R$ 5 milhões na primeira fase do projeto de expansão de sua fábrica em Vinhedo, SP

Priscilla Cardoso

Pertencente, desde 2003, ao grupo sul-coreano Young An, a Clark Empilhadeiras (Fone: 19 3856.9090) acaba de investir R$ 5 milhões na primeira fase do projeto de expansão de sua sede em Vinhedo, interior de São Paulo. Com o dobro de tamanho que possuía, a área coberta da empresa passa agora a ter um espaço de 5.000 m2 e será utilizada para fabricação e montagem das empilhadeiras de até 2.500 kg, modelo carro-chefe da empresa.

“Atuamos no mercado nacional desde 1962 e, durante muitos anos, fabricamos máquinas no Brasil, processo que foi interrompido em 1994, quando começamos a importar as máquinas. Agora estamos voltando para esse processo de nacionalização, isso porque os volumes de pedidos aumentaram e, embora os custos ainda sejam altos e esse não seja um investimento para se pensar em curto prazo, ele ainda assim é necessário”, explica Euclides Azenha, presidente da Clark Empilhadeiras.

Dentro do espaço, além da divisão de fabricação e montagem das empilhadeiras, a expansão também contará com áreas destinadas à estocagem de peças, pintura e treinamento de funcionários.

Com a infraestrutura montada, a Clark planeja começar a fabricação das empilhadeiras modelo C25 a partir de junho de 2013 e, no momento, estuda parceiros para fabricação de peças e acessórios das máquinas.

“Nosso intuito é que essas empilhadeiras sejam nacionais, para que possam ser financiadas através de projetos como o Finame do BNDES. Assim, 60% das peças precisam ser fabricadas no país, mas nem todas serão feitas pela Clark, algumas serão de terceiros e uma parte será importada”, explica o presidente da Clark.

Já para 2014 a empresa planeja realizar a segunda fase do projeto de expansão de sua sede. Nessa última etapa serão investidos mais R$ 10 milhões para uma segunda ampliação, de mais 2.500 m2 do galpão coberto, atingindo, assim, a marca de 7.500 m2.

Com todos esses projetos de expansão, a Clark espera obter um retorno de 15% a 20% de crescimento em médio prazo. “Você precisa fazer investimentos para estar dentro do mercado, é uma necessidade estratégica, mesmo que não se tenha retorno imediato e que esses números sejam apenas expectativas, porque dependem muito de como o mercado vai estar”, analisa Azenha.

Além dos investimentos ligados à expansão de sua sede em Vinhedo, a Clark também tem investido na criação de novas distribuidoras pelo país. Nos últimos meses a empresa inaugurou novos distribuidores em Santa Catarina (Stockmans e Nova Fase), no Rio Grande do Sul (Stockmans) e no Paraná (Nova Fase) e novas filiais, de outras unidades já parceiras da empresa, em São Luiz e Aracaju, MA, e Rio Branco, AC. E até o fim do ano, novas filiais serão abertas em Brasília, DF, São José, SC, Luiz Eduardo Magalhães, BA, e Joinville, SC.

“Hoje é muito importante estar perto do mercado consumidor, porque o custo de estar longe acaba sendo muito alto, já que ele onera violentamente o custo da manutenção de uma máquina, então, é importante ter uma estrutura em cada uma das regiões”, explica Azenha.

MERCADO
Sobre o setor e como a crise econômica mundial afetou o mercado nacional, Azenha diz que 2012 tem sido terrível por conta das grandes oscilações que ocorrem. “A grande dificuldade é que o mercado não cai aos poucos, ele sofre quedas bruscas, assim as empresas não conseguem se planejar. Para se ter uma ideia, esse ano o mercado já caiu 47%”, afirma o executivo.

Dentro da Clark, o balanço também não é positivo. Com um crescimento de 15% em suas vendas em 2011, se comparado ao ano anterior, a empresa deve fechar 2012, segundo Azenha, com uma queda de 22% a 25% em seu faturamento. Já para 2013, o presidente da Clark espera que o mercado tenha um melhor desempenho do que o apresentado em 2012.

“Este ano o mercado deve fechar com venda de 15 mil empilhadeiras. O que esperamos é que 2013 seja parecido com 2007, ano um antes da crise, e que o mercado se estabilize, deixe de ter quedas tão bruscas e feche com algo em torno de 18 mil unidades vendidas”, conclui ele.