A reunião mensal do Conselho Monetário Nacional (CMN) está marcada para o próximo dia 30. No encontro, o grupo formado pelos ministros da Fazenda (Guido Mantega) e do Planejamento (Paulo Bernardo) e pelo presidente do Banco Central (Henrique Meirelles) estabelecerá a meta de inflação apurada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2010. A decisão ocorre em um momento importante, de forte elevação de preços em todo o mundo, determinada pela disparada das commodities.
No Brasil, esse cenário de alta dos preços ainda tem demanda interna aquecida e expansão de crédito, fatores que têm potencializado a pressão inflacionária no País.
Para 2008 e 2009, a meta estabelecida pelo CMN para o IPCA é de 4,5%, com margem de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. A inflação aceitável fica, portanto, entre 2,5% e 6,5%. Sobre os percentuais para 2010, houve, há alguns meses, discussões nos bastidores do governo federal sobre uma eventual redução da meta. O Banco Central seria o principal defensor da idéia.
Mas o debate perdeu força diante dos fatos, principalmente depois que começaram a surgir dúvidas sobre o cumprimento da meta em 2008. Analistas têm elevado previsões para o índice, e o próprio presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, admitiu que há "chance teórica" de o índice superar 6,5%.
Atualmente, segundo a pesquisa semanal Focus, que registra as estimativas de analistas do mercado financeiro para variáveis econômicas, a mediana das expectativas para o IPCA em 2008 está em 5,8%. Entre as instituições que mais acertam as previsões, que fazem parte do grupo conhecido como "top 5", a previsão é mais pessimista: 6,16%.
Fonte: www.dcomercio.com.br
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