Com hubs de entrega próprios, Pharbox dribla desafios logísticos do delivery de medicamentos

Silvio Pereira Junior, CEO da Pharbox
Crédito: Lailson Santos

Primeira farmatech do Brasil, a Pharbox é um delivery especializado em medicamentos que chega ao mercado com o objetivo de acelerar a entrega destes produtos.

Para o cliente, garante entregas em até 20 minutos – e com fretes reduzidos – ou a possibilidade de retirada de medicamentos em lojas autônomas próximas de onde estiver.

Para as redes de farmácias, serve como um entreposto avançado, com 15 mil produtos que costumeiramente ficam atrás das prateleiras, assegurando entregas rápidas, além do armazenamento e transporte feitos conforme as normas da Anvisa – o que, segundo o CEO da Pharbox, Silvio Pereira Junior, não ocorre com aplicativos de entrega genéricos. 

A solução da Pharbox para a equação do delivery de medicamentos baseia-se em dois formatos de bases operacionais e de distribuição: os hubs e as lojas autônomas. Contêineres de 25 metros quadrados que servem como dark pharmacies (dark stores farmacêuticas), os hubs têm raio de ação de 20 quilômetros. A qualquer hora do dia, ao efetuar uma compra pelo aplicativo da Pharbox, o cliente recebe os produtos enviados do hub mais próximo em até 20 minutos ou, se preferir, pode retirá-los em uma das farmácias autônomas da rede.  

Espécies de commodities farmacêuticas, os produtos disponibilizados nos hubs incluem comprimidos para dor de cabeça, febre e indigestão, que em 2021 representaram um terço das vendas das farmácias, em um montante de R$ 20 bilhões. O sistema elimina a necessidade de presença física de farmacêuticos – a orientação aos pacientes ocorre de forma remota. No caso de medicamentos que necessitam de receita, os documentos poderão ser enviados via o app e analisados pelos farmacêuticos. 

“As grandes redes de farmácias não têm uma solução logística para o delivery. Nunca foi interesse dos grandes conglomerados digitalizar a operação, porque muitas redes têm parte de seu faturamento ligado ao aluguel dos imóveis”, comenta Pereira Junior. “Hoje, grandes players do mercado brasileiro de medicamentos conseguem realizar a entrega em até quatro horas ou só no dia seguinte. Se a pessoa estiver com fome, pede um hambúrguer e recebe em 20 minutos. Mas, se ela estiver doente, com dor, precisa sair de casa para comprar medicação. É um contrassenso”, enfatiza o CEO da Pharbox.

Silvio Pereira Junior, CEO da Pharbox

Foto: Lailson Santos