Como funciona o seguro de drones?

O seguro para drones é um instrumento de proteção extremamente importante para as empresas que utilizam o equipamento de forma comercial, ao cobrir sinistros como danos materiais e de responsabilidade civil.

“Alguns exemplos que podem contar com cobertura: suponha que durante o voo, o drone passe por uma falha em seu sistema de navegação. Como resultado, ele perde o controle e colide com um poste de luz, danificando suas hélices, câmera e parte do chassi. Neste caso, o seguro para drones poderia cobrir os custos de reparo ou substituição do equipamento danificado, permitindo que a empresa continue suas operações sem sofrer grandes prejuízos financeiros devido ao incidente. Um outro exemplo hipotético é caso o drone caia sobre alguém e cause lesões físicas. Nesta situação, o seguro poderá cobrir as despesas médicas e possíveis custos legais associados à lesão”, explica Carlos Eduardo Polízio, superintendente de Seguro Aero, Casco e Transporte da MAPFRE – empresa que tem um portfólio completo com soluções em negócios que vão de seguros, assistência, previdência até investimentos, capitalização e consórcios.

Ele também informa que o custo médio de um seguro de Responsabilidade do Explorador ou Transportador Aéreo (Reta), obrigatório para drones utilizados de maneira comercial, é de R$ 700/ano. Mas vale ressaltar que este seguro cobre apenas os eventuais danos causados a terceiros. “Para a contratação de um seguro que cubra também o equipamento, prejuízo parcial ou perda total do aparelho, é levado em conta principalmente a finalidade do uso, idade e o modelo do equipamento.”

Importante destacar que o seguro aeronáutico para drones funciona sempre quando a operação estiver em conformidade com as regras vigentes para o segmento. Dessa forma, o segurado/operador deverá atentar quanto à correta utilização do equipamento, bem como com a regularidade da sua documentação e autorizações necessárias.

Já falando sobre os principais desafios enfrentados pelas seguradoras ao desenvolver políticas para drones, Polízio lembra que, por se tratar de tecnologia relativamente nova, é importante conhecer os recursos existentes em cada equipamento, bem como os equipamentos que normalmente seguem acoplados no drone. Outro desafio neste setor é a amplitude dos tipos de serviços que podem ser executados com o drone, desde inspeções, monitoramentos até pulverização de aéreas.  

“A valiação dos riscos associados à operação dos drones normalmente é personalizada, e são levados em conta fatores como modelo, idade do drone, experiência do operador, tipos de uso, treinamentos realizados e equipamentos acoplados ao drone”, diz o superindentente.

Os riscos mais frequentes de queda são de colisões, operadores sem muita experiência que podem não identificar corretamente qual é a frente do drone em voos mais altos, o que acaba gerando uma batida; e mau funcionamento do aparelho, geralmente em relação a perda do sinal de GPS, desconfiguração da bússola ou interrupção da transmissão de vídeo.

Tendências

Sobre as tendências emergentes nas políticas de seguro para drones e como elas estão evoluindo para atender às necessidades do mercado, Polízio lembra que o seguro para drone é uma modalidade bem recente, mas que cresce cada vez mais no Brasil e no resto do mundo. Segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) já existem mais de 80 mil Veículos Aéreos Não Tripulados registrados no país.

“O mercado profissional tem utilizado amplamente os drones para diversas finalidades. O aparelho oferece possibilidades como mapeamento urbano, vigilância, ajuda humanitária, vigilância, captura de imagens para fins audiovisuais e ajuda até mesmo o setor rural, dispersando fertilizantes e monitorando a irrigação. O mercado segurador tem que estar preparado para oferecer novas possibilidades e amparar o contratante nas suas mais variadas necessidades.”