Concessão de terminal ferroviário reforça planos de expansão da Agrex do Brasil

Foto: Gésion Carvalho

Com a concessão do lote 4 do terminal ferroviário de Porto Franco, no Maranhão, por 15 anos, em licitação do Ministério da Infraestrutura, em setembro de 2022, a Agrex do Brasil, subsidiária da Mitsubishi Corporation, com sede em Goiânia, GO, segue expandindo seus negócios nas áreas em que já atua e também em novas regiões, por meio de uma estratégia de crescimento orgânico nas cinco próximas safras e que deve levá-la a um faturamento de R$ 6 bilhões.

Com a licitação, a empresa assume a prestação de serviço de transbordo de grãos (soja e milho), implementação da ISO 14.001 e construção de um pátio de caminhões em Porto Franco.

“Esse é um passo que reforça a nossa presença no mercado do MAPITO [que compreende parte dos estados do Maranhão, Piauí e Tocantins] e nossa confiança de crescimento de produção da região”, comemora o CEO Antonio Prado Neto.

A Agrex do Brasil é uma plataforma completa de soluções para o agronegócio, estando ao lado do agricultor desde a escolha da semente até a comercialização da safra, com um portfólio completo dos melhores parceiros globais. Comercializa defensivos agrícolas, fertilizantes, sementes de soja, milho, sorgo, pastagem, biológicos, soluções digitais, especialidades e seguro agrícola. Além disso, seus clientes ainda podem encontrar energia solar e carros Mitsubishi.

Todo esse portfólio de produtos pode ser negociado no modelo barter. A empresa atua ainda na produção agrícola, com o plantio de soja e milho, na comercialização das culturas no mercado interno – e para exportação. Conta com três unidades de produção de semente de soja e uma unidade de desativação de soja (Jet Soja) para consumo animal.

Presente nos estados do Maranhão, Piauí, Tocantins, Goiás, Mato Grosso, Pará e Bahia, possui cerca de 700 colaboradores e mais de mil clientes. “Atuamos no modelo de one-stop-shop. Temos um portfólio com tudo que o agricultor precisa para implantar e conduzir lavouras comerciais de soja, milho e sorgo. Por sermos uma trading, também podemos comprar a produção (soja, milho e sorgo) do cliente, comercializando-a no mercado interno brasileiro e também podendo exportá-la para outros países consumidores. Custeio financeiro para as operações de pré-plantio, plantio e colheita, além de serviços de agricultura de precisão e soluções digitais para a gestão online/ontime da atividade produtiva também são ofertadas – tudo isso com um objetivo único de fazer com que os nossos clientes produzam mais, com o melhor custo-benefício possível”, explica Prado Neto.

Aberta a avaliar possibilidades de novos investimentos ou aquisições que possam acelerar ou potencializar a estratégia de crescimento da empresa no mercado agro brasileiro, segundo o CEO, a empresa prevê em seu plano de crescimento a abertura de novas lojas em praticamente todos os estados em que atua, aumentando, assim, a presença da Agrex e de seus times no campo. Para isso, deve saltar dos atuais 700 colaboradores para 1.000 nos próximos anos.

História de sucesso

A Agrex do Brasil nasceu em maio de 1995 em Balsas, Maranhão. Com o nome de Ceagro, ingressou no mercado por meio da comercialização de insumos agrícolas. Com o passar dos anos, foi integrando valor ao negócio, passando a atuar no armazenamento e na comercialização de milho e soja expandindo suas atividades em toda a cadeia produtiva de grãos. Além do forte crescimento nos estados do Piauí e Tocantins, a integração ao grupo argentino Los Grobo, em 2008, permitiu o acesso aos mercados de Goiás, Mato Grosso e Bahia.

Esse perfil corporativo fez com que a companhia somasse, nos últimos anos, 30 unidades, entre lojas de insumos, unidades de recebimento e armazenamento de grãos, de beneficiamento de sementes de soja e indústria de desativação de soja integral, além de uma divisão dedicada à produção agrícola apoiada em um modelo profissional de gestão. Em 2012, atraída pelo desempenho e potencial, a Mitsubishi Corporation tornou-se acionista e investidora estratégica, complementando as operações integradas do campo à medida que facilitou o acesso ao mercado internacional. Fruto dessa produtiva integração, a Ceagro passou a se chamar Agrex do Brasil.

Atualmente, a empresa possui uma misturadora de fertilizantes, a Fertgrow, e uma distribuidora de insumos agrícolas na Bahia, a Synagro.