Congresso Brasileiro de Manufatura aconteceu em São Paulo. E Logweb foi parceiro de mídia

Foi realizado, nos dias 23 e 24 de novembro último, em São Paulo, SP, o Congresso Brasileiro de Manufatura, organizado pela empresa londrina WTG Events. A Logweb foi parceira de mídia.

Tratou-se de um evento estratégico de manufatura com palestras e reuniões simultâneas, que reuniu inúmeros profissionais.

Primeiro dia

O primeiro dia do evento foi marcado pelas palestras, cases e painéis relacionados a seguir.

Palestras: “Melhoria Contínua e Excelência Operacional: Shell use of the Organizational Capability Framework”, com Aamir Farid, VP regional para as Americas da Shell Global Manufacturing, abrangendo temas como: Modelo Shell de sustentabilidade em operações e aplicação do modelo na América Latina; “Indústria 4.0: Sistemas Flexíveis, Manufatura Aditiva e Fábrica Digital”, com Denny Monti, vice-presidente Global de Engenharia de Manufatura de Veículo da FCA – Fiat Chrysler, que tratou de assuntos como: trabalhadores, máquinas, produtos e matérias primas se comunicando em rede, otimização da competitividade em toda a cadeia de valor e investimento x resultados e o tempo para colhê-los; “Cenário Atual de Melhoria Contínua na América Latina – Tendências e Riscos”, com Pedro Arturo Torres-Rivero Valenotti, LATAM Regional Director da Tracc Competitive Capabilities International, que abordou: valor de melhoria contínua, desempenho e saúde organizacional, metodologias, evolução e prazo de implementação, tendências e riscos: relações com o mercado e estratégia e fatores-chave para a implementação da melhoria contínua; “Turnaround, uma Virada Estratégica com Foco em Melhoria Contínua Garantindo a Competitividade do Negócio”, com Luis Nunes, COO da Votorantim Metais, abordando KPI na indústria de alumínio – avaliação dos resultados colhidos e definição de um plano de recuperação, preparação para o Turnaround,
uma gestão de mudanças com comprometimento de todos colaboradores, ações bem sucedidas, as barreiras que surgiram e as estratégias adotadas para superá-las, reduções de custos, aumento de produtividade e, principalmente, de entrega: de 50% para 95 a 100%; e “A Competitividade da Indústria Automotiva Brasileira – Como Otimizar Custos em Manufatura”, com Vagner Galeote, diretor de manufatura para a América do Sul da Ford, que enfocou custos trabalhistas, overhead e um modelo para benchmark em processos para qualquer setor/ indústria.

Painel: “O Desafio de Melhorar a Competitividade e a Eficiência da Indústria Brasileira”, com a participação de Rafael Cervone, presidente da ABIT – Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção, e Julio Monteiro, diretor industrial da Bosch, que fizeram um retrato da competitividade da indústria brasileira hoje: análise em comparação ao mercado internacional e análise da competitividade interna entre setores e empresas, avaliaram a eficiência em custo, produtividade e competitividade e as barreiras econômicas e tecnológicas.

Estudos de caso: “A Inovação como Elemento Intrínseco ao Sistema de Lean Manufacturing”, com a apresentação de Sérgio Augusto Carvalho da Silva, diretor operacional da Whirlpool Corporation, que tratou de assuntos como conceitos de inovação: moda? Mágica?, capacidade de inovação: importância de processos ágeis e velozes e o Lean favorecendo a inovação em processos ótimos; “Manufacturing Excellence – O Desafio de Equilibrar Entrega de Resultados com Ótimas Práticas”, com Francisco José Alcalá Torreslanda, vice-presidente de Supply Chain para a América Latina da Kellogg Company, que abordou práticas para impulsionar performance, necessidade de melhoria integrada, abordagem End-to-end e estabelecimento de uma cultura organizacional sustentável; “Alinhamento da Estratégia da Operação com a Estratégia do Negócio”, com João Mocelin, diretor industrial da Natura, abordando manufatura estratégica, como garantir o alinhamento e a afinidade da área comercial com a manufatura, estrategicamente focadas no negócio da empresa; “O desafio da Implantação do TPM na Manufatura”, com Homero Guercia, diretor industrial da Brasil Kirin, que abordou o “TPM na Brasil Kirin como Fundamento de Excelência Operacional”, destacando histórico da evolução do TPM na empresa, resultados alcançados, lições aprendidas e premiações; “Blindagem de Processos – Inovação e Alinhamento das Técnicas e Princípios do Lean Manufacturing dentro do Contexto de cada Organização”, com Luiz Claudio Mattos, diretor de manufatura da Rolls-Royce Brasil – Divisão Energia, abrangendo tópicos como blindar para atingir resultados e crescer, blindagem de processos e gestão de manufatura e blindar para garantir resultados estratégicos e viabilizar crescimento sustentado; e “Modelo de Excelência Operacional Brasileiro: Produtividade e Sustentabilidade Integrados e Impactando em Resultados”, com Marcio Mattos diretor industrial da Ypê, com foco em definição de um modelo de excelência operacional no Brasil: operação, produtividade, S&OP, redução de custos, Qualidade TPM, six sigma, soluções flexíveis, com bom custo x benefício, e que retratam um conteúdo altamente tecnológico, e integração da área comercial e da área industrial – diretrizes sustentáveis e estrutura de produção que pode adaptar rapidamente os outputs da fábrica às solicitações do mercado.

Segundo dia

O segundo dia do Seminário foi aberto com a palestra “Implantação e Sustentação de um Modelo Prático de Gestão que Proporciona: Alto Grau de Colaboração, Baixo Turnover e Alto Grau de Engajamento/Fidelização dos Colaboradores”, com apresentação de Marcelo Luna, diretor de manufatura, e Carlos Rover, manager OpEx/EHS, ambos da Pfizer, que enfocaram aspectos do modelo de gestão: desdobramento, melhoria contínua e sustentabilidade, o perfil e papel dos líderes para gerar um ambiente de alto nível de engajamento dos colaboradores e a influência do ambiente de trabalho no desempenho dos colaboradores e retenção dos talentos.

Outras palestras apresentadas: “É Possível Implantar uma Cultura de Melhoria Contínua?”, com Dante Crippa, diretor da Bunge, que abordou cultura baseada em valores: a busca da sinergia de valores explícitos da empresa (publicados) com os valores praticados, impacto de um programa de Gestão de Mudanças na cultura de melhoria contínua e desenvolvimento de lideranças, aliado ao objetivo do negócio e aos valores da empresa com foco em melhoria contínua; “O Desafio de Obter Motivação e Sinergia das Pessoas na Manufatura para Melhoria dos Resultados e do Clima Organizacional!”, com Luciano Pinho Nilo Jr., diretor de manufatura da Maxion Structural, que falou sobre gestão de pessoas: um desafio cada vez maior – não somente do RH, mas de toda a organização, cross management: a quebra de barreiras departamentais, trazendo maior sinergia e resultados e times naturais: o envolvimento de todos os colaboradores da operação na busca contínua de soluções; e “Soluções Integradas para Garantir Competitividade e Otimização de Custos – O Trabalho dos Players no Cluster Automotivo Sul Fluminense”, com Adilson Dezoto, diretor de manufatura da Man – Volkswagen Caminhões, que discorreu sobre propostas de ações necessárias para que as cidades da região acompanhem esse ritmo, com ampliação de infraestrutura, previsão de crescimento da atividade industrial e o planejamento do crescimento integrado e garantia de uma produção com garantia da qualidade, capacidade e entrega.

Já os estudos de caso apresentados neste dia foram: “Sistema de Produção Faber Castell”, com Luciano de Brito, especialista em Melhoria Continua da A W Faber Castell; “Integração dos Sistemas 6 Sigma com Lean Manufacturing”, com Afonso Chaguri, diretor industrial de operações da 3M, que abordou a proposta do Lean Six Sigma: conceitos do programa 6 Sigma integrado aos princípios do Lean – as bases para essa integração, alinhando meios de identificação, medição e análise do problema com as técnicas e procedimentos aplicados para a redução de desperdícios na produção e resultados da integração; “Como Aumentar Produtividade sem Depender de Investimento e sem Repassar Preços?”, com Flavio Reis, diretor de operações da Caterpillar, abordando cenário brasileiro – como se adequar aproveitando oportunidades e gerenciando os riscos, ajustes possíveis e de baixo investimento para melhorar produtividade e o que fazer para buscar competitividade sem depender de políticas e investimentos externos?; “Lean Manufacturing: a Implantação do Sistema de Gestão Lean como Vantagem Competitiva na Empresa”, com Claudemir Chiaratti, gerente de operações da Dudalina, abordando uma metodologia muito eficiente para resolver problemas de forma simples e maximizar resultados, como vemos, compreendemos e julgamos as coisas a nossa volta e o que é valor para o cliente, flexibilidade, vantagem competitiva e ganhos financeiros – os resultados da aplicação do lean na Dudalina; “O Programa Atuação Responsável da Indústria Química na Gestão de Riscos na Manufatura”, com Luiz Shizuo Harayashiki, business manager da ABIQUIM – Associação Brasileira da Indústria Química, com destaque para o efeito propulsor e dinâmico da IQ na economia e a gestão de riscos da Indústria química; “Atrelando Produtividade à Negociação e Impulsionando a Competitividade da Empresa através das Pessoas”, com Francisco Vieitez, head of human resources da Lanxess, com abordagem sobre negociação trabalhista e produtividade: acordos internos possíveis com aval de colaboradores e sindicato (negociação ganha/ganha), como atrelar a negociação à produtividade e alternativas e propostas para a evolução na gestão de pessoas no chão de fábrica; “Modelo de Sucesso de Aplicação do Lean no Brasil”, com Antonio Carmesini, diretor de engenharia da produção da Embraer, com destaque para mentalidade enxuta, modelo de sucesso: produto certo na hora certa, a liderança como elemento chave no processo de transformação para o Lean e o modelo de excelência alcançado; e “Implantação de Gestão de Produtividade de Campo em Empresa de Serviços Baseada no Despacho Móvel e Redução de Desperdício”, com Thiago Freire Guth, diretor de operações da CPFL, destacando premissas para medição de produtividade de campo, otimização do recursos através da redução de demanda de baixo valor agregado e de retrabalho e resultados – Case Setor Elétrico.

O evento também contou com o painel “O Desafio da Produtividade Frente à Sustentabilidade e os Impactos da Crise de Água e Energia para a Indústria”, com Fernando Marcato, professor, pós-GVLaw in Infrastructure Law da FGV, e Alberto Carnier, diretor industrial da Unilever. Eles discorreram sobre projetos e concessões – estágio atual e perspectivas para a área de infraestrutura; como aliar produtividade à sustentabilidade – os projetos inovadores das grandes empresas, crise de água e energia e alternativas de eficiência energética para a indústria.