A Fenatran 2015 – Salão Internacional do Transporte Rodoviário de Carga teve como novidade em seu terceiro dia o Congresso Fenatran que reuniu importantes especialistas e entidades representativas para o setor de transporte rodoviário de carga (TRC), além de um público altamente especializado, buscando soluções para seus negócios.
O ambiente macroeconômico e cenáriosaté 2018 foram analisados por nomes respeitados como Frederico Turolla, sócio daPezcoMicroanalysis, queinvestigou as transformações econômicas do país até o momento atual. “Durante as décadas de 70 e 80, o Brasil fechou os olhos para a cadeia global de valor. Na década seguinte, o país se expôs ao mercado externo, o que fez com que os processos se transformassem. Mas essa produtividade foi se arrefecendo a partir dos anos 2000. A mensagem positiva é que a economia descresceu em um ritmo que não corresponde ao que deveríamos esperar. Temos um potencial para crescimento de 2,5% ao ano entre 2016 e 2018. A questão é: onde você vai estar quando voltarmos a crescer? A logística é a bola da vez.”
Para os congressistas, iniciativa privada e poder público devem agir para preparar o país para a retomada. Investimentos em infraestrutura representam um terço de todos os desembolsos do BNDES, e devem representar 200 projetos de 2003 até o final de 2015, revelou Edson Dalton, gerente do departamento de Transporte e Logística do banco, em apresentação. Somente no ano passado o valor de aportes chegou a R$ 11,5 bilhões.
TayguaraHelou, vice-presidente do CETCESPe Diretor de Desenvolvimento e Novos Negócios da Braspress apresentou algumas das bandeiras da entidade durante o Congresso. A diminuição da carga tributária – responsável por praticamente 50% dos custos do setor de transportes – e o combate ao roubo de cargas são um dos principais pleitos. Outro ponto de sua apresentação foia proposta de sistema de entregas noturnas dentro dos centros urbanos. “O caminhão é a grande conexão entre todos os modais do país, é ele que leva a mercadoria a seu destino final”.
Superintendente de Planejamento Estratégico da ANTT, Luiz Cláudio Santana Montenegro apresentou algumas diretrizes das políticas públicas da agência federal para 2016, e garantiu que os interesses sociais do Estado e os interesses das companhias privadas são convergentes. “Planejar não é prever o futuro, mas tomar decisões agora que direcionem para um futuro desejado. Um momento econômico como o de agora é o melhor momento parar discutirmos a qualidade do serviço do setor, e a implementação adequada de medidas como a Lei do Descanso, a segurança no pagamento de frete e o agendamento para o transporte para portos”.
A primeira parte do Congresso, que ocupou toda a manhã do dia 11, também recebeu Ramon Garcia de Alcaraz, representante da Abralog. “São necessários R$ 300 bilhões de investimento em logística – calculou – para o setor de TRC que tem um volume de negócios de 4,5% a 5% do PIB. O mercado logístico, pulverizado, possui cerca de 200 mil empresas, 60% são pequenas empresas.
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