Após decisão do Supremo Tribunal Federal que manteve o monopólio dos Correios na entrega das correspondências, a estatal pode acelerar a criação de uma empresa própria de transportes de cargas e encomendas, a Correios Logística.
A expectativa de Carlos Henrique Custódio, presidente da estatal, é de que a permissão para abertura da nova empresa, seja por medida provisória ou projeto de lei, saia ainda em 2009.
Desde que assumiu a presidência dos Correios, em 2006, Custódio, assim como o ministro Hélio Costa, tem defendido a modernização dos Correios para que a empresa possa ganhar mais mercado e, ao mesmo tempo, reduzir custos operacionais. A avaliação é de que a empresa não sobreviverá no longo prazo se continuar tendo como principal fonte de receita a entrega de cartas, principalmente com a utilização cada vez maior do e-mail e do débito em conta – que reduzem o envio de boletos de pagamento por empresas.
Segundo Custódio, ainda não está definido se haverá participação da iniciativa privada na nova companhia. A ideia, no entanto, é diminuir a ociosidade dos aviões hoje contratados para o transporte de correspondências e encomendas.
Atualmente, os Correios desembolsam R$ 400 milhões por ano com aeronaves para usar por, no máximo, seis horas. "Precisamos utilizar os aviões por mais horas porque isso já está no preço", conta. Depois que conseguir a autorização para criação da nova empresa, Custódio quer crescer ainda nos Estados Unidos e Argentina.
Junto com a abertura da Correios Logísticas, também poderá vir a permissão para a estatal atuar como instituição financeira, por meio do Banco Postal, que atualmente funciona apenas como correspondente bancário. Se isso ocorrer, o Banco Postal poderá vender produtos como seguros e previdência privada.
Fonte: O Estado de S.Paulo
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