A balança comercial por via marítima fechou o terceiro trimestre com superávit de US$ 18,9 bilhões (FOB), o que elevou o saldo positivo acumulado deste ano para US$ 65,3 bilhões. Os dados foram levantados pela Associação de Terminais Portuários Privados (ATP) a partir de informações do sistema de estatísticas da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), disponibilizadas pelo banco de dados da ATP, o DATaPort.
No terceiro trimestre deste ano, as exportações por via marítima chegaram a US$ 79,1 bilhões, com um crescimento de 15,1% em relação ao mesmo período de 2021. Já as importações somaram US$ 60,2 bilhões, crescendo 41,7%. Por isso, a chamada corrente de comércio, a soma das exportações com as importações, alcançou US$ 139,3 bilhões, o que mostra salto de 25,2% em comparação com o mesmo período do ano passado.
Os combustíveis minerais e óleos foram os grandes destaques nas exportações brasileiras totalizando US$ 14,1 bilhões exportados, crescimento de 45,6% em relação ao 3º trimestre do ano passado. Destaca-se também a exportação de sementes e frutos oleaginosos, como soja, com crescimento de 14,9% da exportação em valores FOB.
A alta dos valores exportados de soja e combustíveis é reflexo do aumento do valor médio dessas mercadorias no mercado internacional, não havendo variação significativa nas toneladas exportadas.
“Com a via marítima como principal rota no comércio internacional de combustíveis no Brasil, salienta-se a importância dos terminais de uso privado, responsáveis por aproximadamente 78% da exportação de combustíveis minerais, contribuindo significativamente na eficiência da balança comercial brasileira”, explica o presidente da associação, Murillo Barbosa.
Em contrapartida, a exportação de minérios, escórias e cinzas, em valores FOB, decresceram 41,8% em relação ao terceiro trimestre de 2021, totalizando US$ 9,2 bilhões exportados. O resultado é reflexo da queda das cotações de minérios no último ano, uma vez que a quantidade exportada aumentou de 101,5 milhões de toneladas no 3º trimestre de 2021 para 102,5 milhões de toneladas no terceiro trimestre desse ano. Nas importações, destacam-se os combustíveis minerais e óleos, com crescimento de 84,7% em valores FOB e os adubos (fertilizantes), com alta de crescimento de 68,4%.