A DHL Express firmou parceria com a Eviation, fabricante global de aeronaves totalmente elétricas com sede na área de Seattle, EUA, para a aquisição de 12 aviões Alice e-Cargo totalmente elétricos.
Com isso, parte da frota da DHL operará com zero emissão de carbono. A Eviation espera entregar as aeronaves elétricas à DHL Express em 2024.
“Acreditamos firmemente em um futuro com logística de emissão zero”, disse John Pearson, CEO da DHL Express. “Por isso, nossos investimentos sempre seguem o objetivo de melhorar nosso compromisso com o meio ambiente. Em nosso caminho para operações logísticas limpas, a eletrificação de cada modo de transporte desempenha um papel crucial e contribuirá significativamente para nossa meta geral zero emissões até 2050.”
O Alice é tripulado por um único piloto e possui capacidade para transportar até 1.250 kg, com alcance máximo de 815 quilômetros. A nova aeronave irá operar em todos os locais atualmente atendidos por aviões a pistão e turbina.
Os motores elétricos avançados do Alice têm menos peças móveis para aumentar a confiabilidade e reduzir os custos de manutenção. Seu software operacional monitora constantemente o desempenho do voo para garantir a eficiência ideal.
“Desde o primeiro dia, estabelecemos uma meta audaciosa de transformar a indústria da aviação e criar uma nova era com aeronaves elétricas”, disse o CEO da Eviation, Omer Bar-Yohay. “A parceria com empresas como a DHL, que são líderes em transporte sustentável, é uma prova de que a era da eletricidade está chegando. Este anúncio é um marco significativo em nossa busca para transformar o futuro dos voos em todo o mundo.”
A aeronave é ideal para rotas de fornecimento e requer menos investimento em infraestrutura de estação. O Alice pode ser abastecido por meio de sua fonte de energia, durante as operações de carregamento e descarregamento, garantindo tempos de resposta rápidos e entregas eficientes.
A DHL Express, planeja construir várias redes de abastecimento para o Alice com emissão zero nos EUA, tendo a Califórnia como provável ponto de início das rotas.
“Meus cumprimentos à Eviation pelo desenvolvimento inovador da aeronave Alice totalmente elétrica”, disse Travis Cobb, EVP Global Network Operations and Aviation da DHL Express. “Com o alcance e a capacidade do Alice, temos uma solução fantástica e sustentável para nossa rede global que será direcionada para operações na costa sudeste e oeste dos Estados Unidos. Nossa aspiração é fazer uma contribuição substancial na redução de emissões de carbono e esses avanços em frota e tecnologia irão nos ajudar a alcançar essas metas. Para nós e nossos clientes, este é um passo muito importante em nossa jornada de descarbonização e um avanço significativo para a indústria de aviação como um todo.”
O Alice foi projetado especificamente para que possa ser configurado para carga ou passageiros e está a caminho de seu primeiro voo ainda em 2021.
“Na próxima vez que você solicitar um pacote sob demanda, verifique se ele foi entregue com uma aeronave de emissão zero como a DHL fará”, disse o presidente executivo da Eviation, Roei Ganzarski. “O Alice está permitindo que a DHL estabeleça uma operação limpa, silenciosa e de baixo custo que abrirá maiores oportunidades para mais comunidades começando aqui mesmo nos Estados Unidos.”
A descarbonização de suas operações é um dos principais pilares do novo roteiro de sustentabilidade do Grupo Deutsche Post DHL, anunciado no primeiro trimestre de 2021. O Grupo está investindo um total de 7 bilhões de euros (Opex e Capex) até 2030 em medidas para reduzir suas emissões de CO2.
Os recursos irão, em particular, para a eletrificação da frota de entrega de última milha, combustível de aviação sustentável e edifícios neutros para o clima. No caminho para a meta de emissões zero até 2050, que já existe há quatro anos, a empresa está se comprometendo com novas e ambiciosas metas intermediárias.
Por exemplo, como parte da renomada Science Based Target Initiative (SBTi), o Deutsche Post DHL Group está comprometido em reduzir suas emissões de gases de efeito estufa até 2030, de acordo com o Acordo Climático de Paris.