A concessão do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, o Galeão, à iniciativa privada ainda nem saiu do papel, mas já conta com ao menos um interessado: o grupo Ecorodovias. O presidente da empresa, Marcelino Rafas de Seras, afirmou que o grupo estuda oportunidades no empreendimento.
O governo federal deve anunciar, ainda nesta semana, a concessão de mais três aeroportos ao setor privado, entre os quais Galeão e Confins (MG), juntando-se a Viracopos, Guarulhos e Brasília. "O Galeão tem um perfil muito parecido com o de Guarulhos e pode se transformar no segundo maior aeroporto do pais", afirmou Seras, após participar de reunião com analistas.
Segundo o executivo, a empresa tem interesse tanto na parte de passageiros como de carga.
No caso das rodovias, o presidente destacou que a participação da Ecorodovias dependerá das possíveis sinergias a serem geradas pelos trechos ofertados, ainda não definidos pelo governo.
O diretor Financeiro e de Relações com Investidores da empresa, Marcello Guidotti, deixou claro que a aquisição do Terminal para Contêineres da Margem Direita (Tecondi) não impede a companhia de olhar oportunidades não apenas em aeroportos, mas também em rodovias federais. A relação dívida líquida/Ebitda da empresa após a compra deve atingir, no pior cenário, 2,8 vezes, número que não leva em conta sinergias.
"Este é um cenário que, dificilmente, deveremos atingir", afirmou Guidotti, ressaltando que o limite do grupo para o endividamento segue em 3 vezes.
O grupo pretende concluir a aquisição do complexo Tecondi, que inclui ainda a Termares (armazém alfandegado) e a Termlog (de transporte e logística), neste mês, exercendo a opção de compra do restante de 59%. Em maio, a Ecorodovias pagou R$ 540 milhões por 41% de participação no Tecondi, localizado no Porto de Santos.
A compra da fatia remanescente não terá prêmio, de acordo com Guidotti, o que resultará no pagamento de um valor aproximado de R$ 877 milhões para completar a operação.
Da mesma forma da transação inicial, a aquisição da participação remanescente será feita com apenas 30% de capital próprio.
"Estamos adquirindo algo operacional, com um preço justo e capacidade para ser o próximo grande terminal de Santos", comentou o presidente da Ecorodovias.
Fonte: Valor Econômico
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