A TCP, empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá, bateu um novo recorde de movimentação. Em julho, foram registrados 111.862 TEUs no terminal, ou seja, 3227 a mais do que em maio, data do último recorde.
De acordo com a gerente de armadores, Carolina Brown, o recorde célere em menos de 2 meses é resultado dos “esforços conjuntos entre o terminal e demais elos da cadeia, com ampliação do nosso quadro de funcionários e otimizações operacionais. Estas ações combinadas possibilitam a movimentação de um volume maior de cargas com eficiência, garantindo um serviço de excelência aos nossos clientes”.
Carnes congeladas permanecem como a principal carga movimentada, sendo 50,2% das exportações e 29,3% do total. Apenas no mês de julho, a TCP movimentou 10.303 contêineres refrigerados.
O terminal é considerado o principal corredor de exportações de frango congelado no mundo (em 2021 foram 1.957.000 toneladas). Este ano já houve um aumento de 9,5% nos 7 primeiros meses do ano, comparado a 2021, com 1.167.000 toneladas.
O investimento pesado na área refrigerada, que será ampliada em 43% até 2023, mostra que os números só tendem a crescer. O terminal irá superar o próprio recorde sul-americano de tomadas: de 3.624 chegará a 5.178 tomadas para energização e armazenamento de contêineres.
O transporte ferroviário ocupa grande parte destes números de movimentação. No momento, a TCP movimenta 22% de todos os contêineres de exportação pela ferrovia. No mês de julho, foram 17.138 TEUs no total.
Defensivos agrícolas
O setor químico também apresentou aumento. De janeiro a julho de 2021, os dez maiores clientes de defensivos agrícolas movimentaram 4.790 TEUs, com média mensal de 684 TEUs. Já no mesmo período de 2022, a movimentação quase dobrou: foram 9.153 TEUs, chegando a média mensal de 1.308 TEUs. Isto representa um aumento de 91% na importação de defensivos agrícolas no terminal.
Segundo Giovanni Guidolim, gerente comercial e de atendimento ao cliente, antes da pandemia de COVID-19 o setor agrícola estava crescendo. No entanto, em 2021, faltou matéria-prima do mercado chinês e indiano, o que reduziu a importação. “Em 2022, prevendo a possibilidade de falta de produtos no mercado novamente, os importadores intensificaram as importações de defensivos para antecipar as próximas safras”, explica.
Setor Automotivo
Outra área destaque no terminal foi o do setor automotivo com aumento de 18,5% de exportação no período entre janeiro e julho de 2022, em comparação ao de 2021. Com o fim da pandemia de COVID-19, aliado aos altos investimentos das montadoras no setor, foram cruciais para a elevação das movimentações no terminal.
Segundo Giovanni Guidolim, “o crescimento no mercado latino-americano — como Peru, Chile e Colômbia — foram cruciais para o aumento nos números. Além disso, houve uma grande compra de componentes produzidos no Brasil para abastecimento nas linhas de montagem na América do Norte — como nos Estados Unidos e México. O mesmo acontece na Europa, Suécia, França, Romênia e Bélgica”.