Espera para atracar nos portos paranaenses cai 26%

O tempo de espera para atracar nos portos paranaenses reduziu 26% de janeiro a outubro deste ano, em comparação com o mesmo período de 2018. Em 2019, em média, os navios aguardaram quatro dias entre o momento que anunciaram a chegada até encostar no cais. Nos dez primeiros meses do ano passado esse tempo era de 5,4 dias.

O diretor de Operações da empresa pública Portos do Paraná, Luiz Teixeira da Silva Júnior, explica que o principal fator para redução no tempo de espera é a eficiência portuária. “A partir do momento em que o porto consegue regularidade e segurança no ritmo da operação possibilita ao usuário programar a sua chegada ao porto com mais agilidade”, afirma.

Ainda de acordo com o diretor, quando há um ritmo contínuo de operação e boa produtividade, o usuário pode se programar para aguardar o mínimo possível. “Isso evita custos de demurrage (sobreestadia), apoio portuário, entre outros”, destaca Teixeira.

PARANAGUÁ – No Porto de Paranaguá, o berço que mais reduziu o tempo de espera para atracação foi o 209. O local é prioritário para as operações de descarga de fertilizantes. Porém, quando não há anúncio de navios carregados com esses granéis sólidos de importação, outros tipos de produtos, como carga geral e veículos, podem movimentar pelo local.

De janeiro a outubro deste ano, 67 navios atracaram nesse berço – 61 de fertilizantes, quatro de veículos e dois de carga geral. Em média, as embarcações esperaram 8,12 dias. No mesmo período, em 2018, foram 50 navios a atracar, todos de fertilizantes, aguardando em média 21,95 dias. A redução na espera foi de 63%.

“Pelo berço 209, tanto se pode descarregar direto através de caminhões para armazéns da retaguarda, como através das correias transportadoras, direto para o armazém alfandegado. Esta versatilidade proporciona uma ótima produtividade, que faz essas operações serem mais rápidas”, explica o diretor.

MOVIMENTAÇÃO – Enquanto o tempo de espera está menor, a movimentação pelo berço 209 só aumenta. De janeiro a outubro deste ano foram 1,74 milhão de toneladas movimentadas pelo local, 8% a mais que as 1,61 milhão de toneladas no mesmo período de 2018.