O faturamento do setor atacadista distribuidor cresceu em termos nominais 1,49% em julho na comparação com o mesmo mês de 2015. No acumulado do ano, de janeiro a julho, ampliou 8,26%. Em relação a junho de 2016, houve queda de -2,74%. Em termos deflacionados, o faturamento apresentou oscilação negativa. Na comparação com julho de 2015, a retração foi de -6,66%. De janeiro a julho, -1,13%; em relação a junho de 2016, -3,25%. A pesquisa mensal da ABAD (Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados), apurada pela FIA (Fundação Instituto de Administração), leva em consideração o faturamento de um conjunto representativo de empresas que fornece números preliminares sobre o setor.
A oscilação negativa nesse momento é natural, segundo o presidente da ABAD, José do Egito Frota Lopes Filho. “A demanda continua fraca por causa dos juros altos e, principalmente, do desemprego”, afirma. Segundo ele, assim que houver uma efetiva melhora da inflação e uma perspectiva de queda dos juros, combinada com redução das incertezas, principalmente no cenário político, haverá mais solidez no processo de retomada.
José do Egito acredita que, apesar da instabilidade, a expectativa é positiva para os próximos meses. De acordo com Termômetro de Vendas, também apurado pela FIA, que oferece uma projeção para o mês recém-terminado (agosto), ainda é possível encerrar o ano de 2016 com um pequeno crescimento de até 1%. Segundo a pesquisa de agosto, a variação nominal do faturamento do setor será positiva em todas as análises: 4,04% em relação a julho, 10,97% em relação a agosto de 2015 e 8,60% no acumulado do ano (de janeiro a agosto), em relação ao mesmo período de 2015.
“Daremos continuidade ao processo de ajustes internos e, principalmente, no investimento em melhorias na operação e na gestão. Estamos confiantes de que o novo governo será capaz de recolocar o país nos trilhos, fazendo as reformas que são urgentes para o país”, conclui.