Frete de cargas sobe 5% devido ao reajuste nos preços dos combustíveis

Após o aumento de 6,6% no preço da gasolina comum e 5,4% no óleo diesel nas refinarias, agora chegou a vez dos “reajustes” dos produtos e serviços a eles agregados. O primeiro da lista é o frete. Segundo o Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas da Bahia, quase 70% do transporte do estado é feito por rodovias e a expectativa é que ocorram correções ainda no primeiro trimestre deste ano.
 
Para Antonio Siqueira, presidente do sindicato, o diesel sofreu um aumento médio de 7% e isso implica no aumento do frete de cargas da ordem de 5%. “Para se ter uma noção do impacto do valor do diesel sobre o frete, cito como exemplo uma carga com destino de Salvador a São Paulo em que estima-se que 65% do custo seja influenciado pelo combustível”, avalia.
 
Siqueira ressalta custos extras que serão incorporados ao longo do tempo. “No começo do ano aumenta-se os custos com mão de obra e impostos e essas oscilações são incorporadas no valor final”, avisa. O presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas ainda reclama de situações que afetam o custo direto do serviço.
 
“As estradas brasileiras estão em condições ruins de trafegabilidade. Há um volume maior de carros circulando para estradas que não dispõem de infraestrutura própria para receber esse aumento de demanda”, pontua. Ele acrescenta a lista de custos extras questões envolvendo seguro e segurança.

 “Uma empresa que atua neste setor precisa arcar com custos de seguro para acidentes, danos ambientais, danos a carga, roubos e até mesmo segurança já que roubo é uma constante”, desabafa.


Fonte: Tribuna da Bahia