Grupo Prumo encerra 2018 com novos negócios no Complexo do Açu

O ano de 2018 foi de importantes marcos para a Prumo, grupo econômico multinegócios responsável pelo desenvolvimento do Complexo do Açu, o maior complexo portuário, industrial e energético do Brasil, localizado em São João da Barra, no Norte Fluminense. Ao longo do último ano, o Açu recebeu 2.535 embarcações, 6% a mais do que o movimentado em 2017. Desde que começou a operar, em 2014, o porto já recebeu mais de 6 mil embarcações.

Um dos principais destaques do ano foi o início da construção da primeira térmica da empresa Gás Natural Açu (GNA), parceria do Grupo Prumo, BP e Siemens. A empresa está desenvolvendo no Açu o maior parque termelétrico da América Latina, com investimentos de R$ 8 bilhões na instalação de terminal de regaseificação e duas térmicas a gás que, juntas, vão gerar 3GW de energia.

Para se ter uma ideia, isso é o suficiente para abastecer 14 milhões de residências, que é o equivalente ao consumo residencial dos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo, juntos. A 1ª térmica, que começou a ser construída em março de 2018 e gera atualmente 1.800 postos de trabalho, deve iniciar a operação em 2021, e a segunda térmica, em 2023.

Para o CEO da Prumo Logística, José Magela, o hub de gás no Açu pode viabilizar o escoamento da produção do gás associado do pré-sal. “Viabilizar o escoamento do petróleo e do gás é essencial para que o Brasil alcance os números de produção que estão projetados. Neste contexto, o Complexo do Açu representa uma nova alternativa de segurança energética e abastecimento para o país, dando opções para que o gás e o petróleo cheguem ao mercado, e gerando energia”, afirmou.

Confiante no crescimento do mercado, a Açu Petróleo (parceria do Grupo Prumo e da Oiltanking) também anunciou novos projetos para os próximos cinco anos. Com a previsão de crescimento de 70% da produção de petróleo nos próximos 10 anos, será necessária uma logística eficiente para dar suporte à exportação, que deve mais que dobrar neste mesmo período. Neste cenário, a Açu Petróleo irá desenvolver no Complexo do Açu o 1º terminal privado de tancagem do Brasil, offshore e onshore, que contará com os serviços de armazenagem, tratamento, blending e de-watering.

Em operação desde 2016, a Açu Petróleo realiza operações ship to ship em seu terminal no Porto do Açu. Somente em 2018 foram 40 operações deste tipo, o que representa uma alta de 235%, se comparado com o resultado do ano anterior. Com isso, a empresa totalizou 61 operações desde o início das suas atividades. Entre as operações, 9 foram realizadas com navios do tipo VLCC (Very Large Crude Carrier), que tem capacidade de armazenamento de até 2 milhões de barris de petróleo bruto. Para poder operar com este tipo de navio, a empresa investiu R$ 400 milhões em dragagem para aprofundar seu terminal para 25 metros e passou a ter o único terminal privado no país (T-OIL) com capacidade para receber navios tipo VLCC.

Já a Dome, joint venture entre o Grupo Prumo e a GranIHC, reforçou em 2018 sua vocação para ser um cluster de subsea. Um dos exemplos foi a parceria com a TechnipFMC para a instalação de uma spoolbase para construção de linhas rígidas. A base, que começa a ser construída no 1º semestre deste ano, será um importante ativo para o atendimento das demandas de subsea. Na unidade serão realizadas atividades de recebimento dos tubos rígidos, armazenagem, movimentação, soldagem e revestimento das linhas.

Em 2018, a Dome também realizou warm staking do navio sonda West Carina, da Seadrill. Isso significa que o navio sonda estava parado no terminal, porém com todas as suas funções operacionais ativas e a tripulação a bordo, para que pudesse entrar em operação rapidamente – o que aconteceu em dezembro do último ano. Além da atracação da unidade, a Dome também realizou de forma integrada serviços logísticos, de integridade, de reparo e de manutenção da unidade.

Além disso, a Porto do Açu Operações (parceria do Grupo Prumo e do Porto da Antuérpia) e o Grupo Aeropart – Participações Aeroportuárias, assinaram contrato para a instalação do Heliporto do Açu. Com área total de 210 mil m² e destinado especificamente para o uso de helicópteros que atenderão às plataformas offshore na região, incluindo as bacias de Campos e Espírito Santo, o Heliporto contará com 20 posições para o estacionamento de aeronaves.

Outro destaque foi a operação do Terminal Multicargas (T-MULT), administrado pela Porto do Açu Operações e que, durante o ano, registrou vários recordes operacionais. O terminal encerrou o ano com 655 mil toneladas movimentadas, uma alta de 16% se comparado ao ano anterior e 12 vezes mais do que o movimentado em 2016, quando o terminal foi inaugurado. Ainda durante o último ano, o T-MULT recebeu mais de 22 mil carretas e 22 embarcações, operando 7 produtos diferentes para um total de 15 clientes, o dobro do atendido no ano passado. Além disso, o terminal atingiu níveis internacionais de produtividade, com um recorde de descarregamento de cerca de 22 mil ton/dia. Além dos materiais que o terminal já opera, como bauxita, coque, carvão, carga geral e de projetos, em 2018 o T-MULT movimentou cargas inéditas, como pás eólicas, gipsita e sucata. O terminal ainda possui licença para operar veículos e está desenvolvendo um projeto para criar a infraestrutura necessária para a movimentação de contêineres.