A Hamburg Süd (Fone: 11 5185.5600), grupo que opera no transporte marítimo, e a Aliança Navegação e Logística (Fone: 11 5185. 5600), especializada no transporte de cabotagem, estão buscando incrementar os negócios com frutas na região do Vale do São Francisco – compreendido por Petrolina, PE, e Juazeiro, BA. Esta região corresponde pela produção anual de 1,5 milhão de toneladas de frutas e hortaliças, 95% das exportações nacionais de uva e manga e encontra-se entre os principais pólos vinicultores do Brasil, com uma produção anual de 8 milhões de litros de vinhos.
De acordo com Henrik Simon, diretor de carga reefer da Hamburg Süd, é esperado um grande volume de uva e manga durante a safra que começa em agosto e se estenderá até novembro. “A previsão é movimentar 2 mil FEUs (contêineres de 40 pés), que seguirão para a Europa e parte dos Estados Unidos, um aumento de 10% em relação a 2006. Esperamos embarcar 40% do total que será exportado pela região do Vale do São Francisco”, afirma.
De acordo com ele, o grande desafio na safra será disponibilizar gen sets (geradores de energia) suficientes para levar todos os contêineres para os portos de embarque – Pecém e Salvador. “A preocupação maior é com a disponibilidade de espaço e tomadas nos portos. Paralelamente à safra de uva e manga em Petrolina, ocorrerá a safra de melão que também será embarcada em Pecém”, explica.
Para viabilizar transportes, coletas e garantir melhor qualidade às frutas destinadas à exportação, a empresa conta em sua frota com 150 gen sets designados somente ao atendimento da safra.
Em 2002, a Hamburg Süd implantou em Petrolina uma estrutura operacional e comercial dedicada especificamente à prestação de serviços com a introdução do transporte multimodal, “viabilizando assim uma maior agilidade e eficácia no escoamento da safra agrícola através do transporte terrestre e equipamentos disponibilizados na região”, complementa o diretor.
A LOGÍSTICA DAS FRUTAS
Simon explica que a logística do segmento de frutas é uma das mais abrangentes, por se tratar de produtos perecíveis. “Imediatamente após a colheita, a fruta tem de ser embarcada, já que tem uma ‘vida’ limitada entre 15 e 20 dias”, conta.
De acordo com ele, o transporte de contêineres carregados de frutas exige a disponibilidade de gen sets para manter uma cadeia de refrigeração sem interrupção. O contêiner, desde a saída da fazenda até a chegada ao porto de embarque, nunca pode ter o recebimento de energia interrompido para manter a temperatura do produto, que fica entre 1 ºC e 10 ºC.
O diretor de carga reefer da empresa aponta que, no passado, os maiores problemas enfrentados eram relacionados com a disponibilidade de tomadas e espaço físico para acondicionar os contêineres nos portos. “A solução encontrada foi dividir os embarques das frutas do Vale do São Francisco entre os portos de Salvador, Pecém e Suape”, diz.
Quanto aos modais utilizados pela empresa, em 90% das operações o transporte das frutas é realizado pelo modal rodoviário, através de um serviço porta-a-porta, até chegar aos portos de embarque. O restante (10%) é o próprio cliente que realiza o transporte até o porto de embarque.
Já sobre o transporte ferroviário, Simon acredita que no Nordeste, por enquanto, não é um modal viável devido à exigência de rapidez na movimentação de produtos perecíveis.
O transporte marítimo de frutas representa, aproximadamente, 30% do total de carga frigorificada movimentada pela Hamburg Süd.
A respeito de novidades logísticas previstas pela empresa para melhorar o processo logístico no segmento de frutas, o diretor expõe que a Hamburg Süd investe constantemente na qualidade dos processos. “Atualmente, contamos com 10 contêineres com atmosfera controlada para movimentar frutas maduras. Em breve, essa frota poderá ser ampliada para o exportador ter condições de exportar frutas maduras, que tem uma qualidade melhor e um valor agregado maior”, finaliza.
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