Hidrovia Tietê-Paraná volta a operar

Depois de quase dois anos com tráfego suspenso, o transporte de grãos e celulose pela hidrovia Tietê-Paraná foi retomado tendo como origem São Simão (GO), no Rio Paranaíba, e destino em Pederneiras (SP), no Rio Tietê, onde embarca na ferrovia rumo a Santos. A interdição causou prejuízos não só às empresas de navegação, que emitiram mais de 1.600 pessoas, mas também ao agronegócio com o encarecimento do frete em cerca de R$ 30,00 a tonelada transportada do Centro-Oeste até o Porto de Santos.

A reabertura da hidrovia foi um trabalho da Caramuru Alimentos e teve o apoio do governo do estado de Goiás. A suspensão da navegação foi provocada pela crise hídrica e pela priorização do uso da água para geração de energia pela Cesp.  Quando teve o tráfego suspenso, em maio de 2014, a hidrovia estava na marca de 6 milhões de toneladas transportadas ao ano, com crescimento médio anual na taxa de 12% ao ano. Cada comboio, formado por 4 chatas e um rebocador, tira da estrada entre 15 e 180 caminhões, além de oferecer uma economia entre 20 e 30% no valor do frete.

O sistema hidroviário formado pelos rios Paraná, Paranaíba e Tietê, tem 2.400 km de extensão, nos estados do Paraná, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas e São Paulo. Na cerimônia que marcou a retomada do transporte na hidrovia, no último dia 12, na unidade da Caramuru em São Simão (GO), o governador de Goiás, Marconi Perillo, se dirigiu ao público presente destacando que ali falava para “o Brasil que trabalha, o Brasil que produz. ” De fato, pela estimativa do IBGE para ao PIB (Produto Interno Bruto) de 2015, somente o setor Agrícola teve crescimento. Enquanto a economia encolheu 3,8%, a Agropecuária cresceu 1,8% e a soja, isoladamente, respondeu por um incremento de 11,9%.

Fonte: Revista Ferroviária