HyperloopTT firma parceria com EGA Group em projeto de logística para portos brasileiros

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A Hyperloop Transportation Technologies (HyperloopTT), empresa líder no desenvolvimento de transportes sustentáveis e de alta velocidade, acaba de fechar uma parceria com o EGA Group, uma das maiores operadoras de cargas em logística portuária e em recintos alfandegados no Brasil. O objetivo é desenvolver o HyperPort, solução de frete para portos capaz de transportar contêineres por centenas de quilômetros em velocidade de avião, com mais agilidade, eficiência e segurança para o trabalhador portuário. Como primeira ação, os parceiros participaram de um jantar na sexta-feira, 14, com representantes do governo federal e empresários para engajar as iniciativas pública e privada no projeto.

As cápsulas do HyperPort poderão mover 2.800 contêineres por dia, sendo dois padrão ou high-cube de 20 pés, ou um de 40 a 45 pés. A união da tecnologia inovadora da HyperloopTT com a expertise de mais de 40 anos de atuação com soluções logísticas da EGA Group prevê a identificação do fluxo de demanda das principais movimentações de carga no país, além de um estudo de viabilidade econômica para as linhas de operação que ligarão os portos, aeroportos, centros industriais e produtivos do território.

Segundo Ricardo Penzin, a escolha da EGA Group para colaborar no projeto se deu pela especialização do parceiro no mercado nacional de logística. “Como nós desenvolvemos a tecnologia, precisamos nos juntar aos melhores players do mercado para realizar análises profundas sobre a implementação dos sistemas nas regiões. O EGA Group tem uma extensa trajetória, com conhecimento pleno do setor nacional de logística, o comportamento de mercado, demanda, movimentação dos portos, operações de contêineres, fluxos de importações e exportações, enfim, tudo o que precisamos para trazer o HyperPort para a realidade brasileira. Nós acreditamos que essa parceria vai se tornar um case de muito sucesso e influenciar o mercado mundial”, afirma.

Dentre os principais avanços para o sistema portuário com o projeto estão a velocidade para o escoamento das operações de importação e exportação de cargas, conteinerização do mercado interno, comunicabilidade de todos os modais, geração de empregos para toda rede operacional do fluxo, assim como a redução de tarifas devido a alta produtividade do modal.

Para Eduardo Guimarães de Assumpção, presidente do EGA Group, os ganhos para o setor serão a longo prazo. “É um projeto disruptivo, que busca elevar o nível de produtividade e aproveitamento das correntes operacionais dos portos, da comunicação entre o mercado interno com o mercado externo para importação e exportação, dentre outros aspectos. Outro ponto importante é a altíssima tecnologia aplicada com redução de emissão de CO2 e geração de energia renovável, o que emprega um caráter sustentável tanto ambientalmente quanto financeiramente para os operadores”, diz.

Recentemente, os parceiros puderam apresentar o projeto e suas perspectivas em um jantar com representantes do governo federal e empresários. Estavam presentes nomes ligados à Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos do Ministério da Economia, Secretaria Nacional de Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), XP Investimentos, Bitify, dentre outros.

Para Bruno Quick, Diretor Técnico Nacional do Sebrae, a tecnologia impressiona com a proposta de eliminar restrições à mobilidade de carga em um país continental como o Brasil. “As restrições logísticas existentes devido à dimensão do país, além de movimentos do desenvolvimento econômico indo em direção ao nordeste, norte e centro-oeste, impõem um desafio brutal para a economia atualmente. Soluções de baixo custo e sustentáveis, que visam a eliminação desse gargalo com a conexão do território nacional, o adensamento de cargas e a viabilização para pequenas acessarem mercados hoje inacessíveis, são muito bem-vindas. É surpreendente como algo tão avançado pode se tornar viável em um período curto de tempo, já que a tecnologia está disponível para desenvolvimento, aguardando apenas investidores”, comenta.

Este é o segundo projeto da HyperloopTT no Brasil, que também possui um estudo de viabilidade para um transporte ultrarrápido de pessoas e cargas menores no Rio Grande do Sul, em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul e o Governo do Estado.