A Irani Papel e Embalagem, uma das principais indústrias do setor de papel e embalagens do país, lança a primeira embalagem de papel com tecnologia antiviral, antibacteriana e antifúngica do Brasil, com destaque para a capacidade de inativar o vírus da Covid-19 (SARS-CoV-2), além de outros vírus, bactérias e fungos, em 99,9% em até cinco minutos de contato, segundo informações da empresa.
A inovação, que será aplicada no papel utilizado para a produção de embalagens e chapas de papelão ondulado, chegará ao mercado em junho.
Desenvolvido em parceria com a Nanox Tecnologia, empresa especializada em materiais inteligentes, nanotecnologia e antimicrobianos, o papel conta com micropartículas de prata responsáveis por oxidar a camada externa do vírus, criando, portanto, uma barreira de proteção antiviral, antibacteriana e antifúngica.
Outro diferencial da tecnologia é a sua durabilidade, já que a proteção antiviral permanece ativa durante toda a vida útil do papel e da embalagem, mesmo se entrar em contato com o álcool ou outras substâncias. Além disso, o produto não é nocivo ao meio ambiente, visto que foi produzido com fibras recicláveis em linha com os padrões de sustentabilidade da Irani.
Para desenvolver o novo produto, a área de Pesquisa & Desenvolvimento da Irani realizou uma série de testes junto à Nanox Tecnologia. Na etapa final, os testes foram conduzidos pela empresa especializada Quasar Bio, referência em ensaios com SARS-CoV-2 e realizados em laboratório de biossegurança de nível 3 (NB3) do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (USP).
Para o diretor da Nanox Tecnologia, Gustavo Simões, a chegada da nova solução em embalagem da Irani reforça ainda mais o poder das micropartículas de prata como um importante agente que auxilia a barrar a contaminação. “O mercado já conta com uma ampla variedade de produtos anti-Covid e o papel da Irani veio para somar esforços nesse combate ao vírus”, destaca.
Processo de produção
Para a obtenção do produto antiviral, as micropartículas de prata são inseridas na composição do papel no momento de sua fabricação – o que garante que a proteção seja efetiva durante todo o ciclo primário do produto.
Já o processo de inativação dos vírus, fungos e bactérias se dá quando ele entra em contato com a prata e passa por um processo de oxidação, que ocasiona a quebra de sua membrana e faz sua inativação.
De acordo com o diretor de Pessoas, Estratégias e Gestão da Irani Papel e Embalagem, Fabiano Oliveira, isso garante que o produto ofereça a capacidade de inativação enquanto durar o papelão, justamente pelo fato das micropartículas de prata estarem inseridas em sua estrutura.
“Caso a embalagem tenha contato com outro líquido, o seu potencial de proteção não perde a eficácia, mantendo a embalagem intacta quanto à sua segurança e, assim, podendo ser reutilizada para outros fins”, afirma o executivo.
O único cenário no qual o efeito antiviral no papel pode ser prejudicado é caso a camada em que a tecnologia foi aplicada seja destruída, como por exemplo, raspada ou quando for destinada à reciclagem – momento em que o composto acaba sendo diluído com outros produtos e, assim, perde sua atuação como antibactericida.
O produto foi desenvolvido respeitando as exigências nacionais e internacionais, certificado pela ISO 9.001 e pelo Forest Stewarship Council® (FSC® C009947) de Cadeia de Custódia.