Lei Municipal que orienta crescimento urbano de São Paulo impulsiona o mercado de auto armazenagem

O aumento do adensamento populacional pela verticalização dos bairros de São Paulo previsto no projeto do novo Plano Diretor Estratégico (PDE) de São Paulo terá efeitos não só na vida pessoal da população. As alterações previstas no texto também devem movimentar segmentos inteiros da economia. Um destes setores é o de auto armazenagem, ou self-storage, que atende as pessoas que necessitam de espaço para estocar itens pessoais ou profissionais que os apartamentos não comportam.

“Sentimos que as mudanças de hábitos aquecem o nosso mercado e facilitam a vida das pessoas, além de beneficiarem a sustentabilidade das grandes cidades, pois as unidades de auto armazenagem estão estrategicamente localizadas junto a regiões mais populosas, reduzindo a emissão de carbono com grandes deslocamentos”, comenta Mariane Wiederkehr, CEO do Guarde Aqui, pioneiro do setor de auto armazenagem no Brasil.

Atualmente, a empresa possui 25 unidades no País, 18 delas em São Paulo. Em bairros como a Lapa, de acordo com estudo publicado pelo Insper, estão previstas pelo novo plano diretor a verticalização que pode aumentar em até 160 vezes a área onde é permitido construir prédios mais altos. Outros exemplos de bairros onde o Guarde Aqui possui unidades de auto armazenagem e que deverão ter um aumento muito expressivo na quantidade de habitantes serão o Morumbi e Itaim Bibi, para citar mais dois exemplos.

Mercado Crescente

O novo Plano Diretor é somente mais um dos fatores que têm promovido o crescimento do setor de self storage no País. O Guarde Aqui apresentou crescimento expressivo de 35% do EBITDA (geração de caixa) em 2022. “Em 2023, entre janeiro e junho, já temos mais de 10.750 mil clientes com aluguéis ativos, sendo quase 40% de novos contratos, e nossa expectativa de crescimento para este ano é manter a marca dos dois dígitos como no ano passado”, explica Wiederkehr. 

Entre as mudanças de hábitos que motivam este aquecimento do segmento está o aumento vertiginoso do e-commerce e consequente necessidade de estocagem próxima ao consumidor. “Hoje 40% dos nossos clientes são pessoas jurídicas”, complementa. A empresa contabiliza hoje, uma ocupação média superior a 84%, o que segundo a CEO demonstra o bom momento vivido pelo segmento que é relativamente novo no Brasil  – a empresa surgiu em 2005 como a primeira do segmento no país.