A limpeza de espaços industriais, como armazéns e Centros de Distribuição, é uma preocupação constante entre as empresas. Além de um ambiente com muitos funcionários, grande parte das instalações possuem uma diversidade de ambientes, entre eles galpões, máquinas, refeitórios, área externa e escritórios. Diante disso, realizar a limpeza de maneira estratégica pode fazer toda a diferença. “A limpeza dentro dos CDs é de vital importância, pois envolve, além da saúde e bem-estar dos colaboradores que estão neste ambiente, a ligação direta com a qualidade do produto entregue ao consumidor final. Em um CD que aloca alimentos e produtos perecíveis, por exemplo, a limpeza é a parte vital para a qualidade do produto vendido. Já os maiores problemas relacionados à operação de CDs é a sujidade típica de galpões, onde o tráfego de empilhadeiras é intenso. Para estes locais o indicado é o uso contínuo de equipamentos e máquinas automatizadas, que realizam a limpeza por completo”, esclarece Guilherme Salla, diretor técnico da Abralimp – Associação Brasileira do Mercado de Limpeza Profissional (Fone: 11 3079.2003).
Salla diz, ainda, que a limpeza deve ser feita em sinergia com a operação do CD, porém sempre priorizando equipamentos tripulados e limpezas automatizadas, a fim de aumentar a produtividade por metro quadrado e também preservar a segurança dentro do ambiente, uma vez que tal local possui um movimento intenso de empilhadeiras, caminhões e outros. “Para definição do que limpar e qual a sua frequência é importante um alinhamento muito próximo entre a equipe de limpeza e a operação logística do local, a fim de saber cada particularidade do CD”, explica o diretor técnico, destacando que um dos principais desafios encontrados pelas equipes de limpeza é o de realizar as atividades sem comprometer a rotina de toda a operação logística. “Precisamos sempre nos adequar aos horários e rotinas do CD, pois a prioridade de operação é sempre do cliente. Desta forma, respeitamos os turnos da equipe logística e também priorizamos áreas que não estão sendo utilizadas”, conta.
Ele também pondera que cada local possui uma particularidade específica que altera de forma geral o planejamento da limpeza, porém, é possível descrever algumas tarefas importantes como a higienização de sanitários, refeitório e vestiários. Há também a limpeza dos corredores principais e das docas de saída, a área externa que possui vestiários e sanitários, dos motoristas volantes e a limpeza da área de escritórios e administração.
Não necessariamente é preciso parar as operações do armazém e do CD durante o processo de limpeza, continua explicando Salla. “É claro que em algumas situações, como a realização de uma limpeza mais pesada, é preciso isolar alguma área ou até mesmo interditar um espaço, porém, estas limpezas são programadas com antecedência e sempre muito bem alinhadas com a operação. Por isso, reforçamos que a prioridade é sempre da operação e a limpeza deve se encaixar nos períodos de menor fluxo, como troca de turnos e eventuais situações de menor movimentação de carga.”
Segurança
A segurança também apresenta um significado especial durante o processo de limpeza. Realizada de cima para baixo em prateleiras e armários que podem chegar a 15 metros de altura, por meio do uso de andaimes e cadeiras suspensas, a adoção dos devidos equipamentos de proteção individual (EPIs) torna-se essencial para segurança dos operadores. Além disso, muitos destes locais armazenam alimentos, o que torna a limpeza uma questão de saúde na conservação das mercadorias.
Por estas razões, Salla destaca que toda limpeza deve ser feita por uma equipe especializada, pois a mesma deve sempre estar ciente da importância do uso de equipamentos de Proteção Individual (EPIs) corretos para cada atividade, bem como os processos mais adequados para cada tipo de local e os produtos e máquinas específicos para o ambiente, sempre visando a qualidade e eficácia da limpeza.
Os maiores problemas que acorrem quando a limpeza não é feita por pessoal especializado envolvem a utilização de produtos domésticos, que não possuem a mesma eficácia de desinfecção e limpeza, o risco de acidentes de trabalho, pela falta de uso de EPIs adequados, e até a possibilidade de danificar, de forma permanente, os ambientes pela utilização errada de produtos químicos, colocando em risco a saúde das pessoas que frequentam o local e também do próprio agente de limpeza mal orientado, comenta o diretor técnico. Neste contexto, ele finaliza dando dicas para a escolha correta da empresa para fazer a limpeza. “Para uma escolha correta é importante atentar às responsabilidades legais da empresa contratada, solicitar todas as Certidões Negativas de Débitos (CND), a fim de assegurar que a empresa recolhe e paga todos os impostos e obrigações legais. Além disso, é preciso conhecer a fundo os processos adotados pela empresa e, inclusive, conhecer pessoalmente a sede da companhia, com objetivo de visualizar os processos de treinamento e capacitação de mão de obra.”