A Localfrio, uma das maiores empresas de logística integrada do país, está atingindo um novo patamar com a gestão logística de projetos.
A companhia conquistou o status ao assumir as principais etapas da cadeia produtiva de grandes empresas do setor industrial, como a Klabin, por exemplo.
Neste e em outros casos a Localfrio desenvolveu, em parceria com seus clientes, modelo de negócios exclusivos baseados na integração total de processos e gestão estratégica da operação, gerando altos índices de redução de despesas e de prazo de entrega.
A gestão logística de projetos tem se mostrado um importante aliado da Localfrio como fonte de receitas. Hoje o negócio já representa, juntamente com as operações de terminais refrigerados e de armazenamento, cerca de 35% do faturamento da empresa. A intenção é de que até o final de 2025 esse negócio supere os 50% dos ganhos da Localfrio.
No primeiro semestre a companhia apresentou um acréscimo de 13% em suas receitas comparando com o mesmo período de 2020. A movimentação de contêineres avançou 21% nos seis primeiros meses do ano, passando de 24,8 mil unidades para 30,1 mil. Neste ano a Localfrio pretende encerrar o ano com uma alta de 24,5% em relação a 2020.
Outra frente de atuação que tem gerado novos negócios é a de movimentação e transporte de componentes de energia renovável. Nos três anos em que vem atuando nessa modalidade, a companhia pôde detectar uma “explosão” para projetos desse gênero: o volume de negócios com esse tipo de iniciativa aumentou 200%. Este ano a expectativa é uma alta de 90%.
Klabin
A Klabin já colhe os efeitos práticos por ter adotado uma operação logística completa e integrada em parceria com a Localfrio. A produtora e exportadora de papéis para embalagens registrou reduções de custo e de prazo de entrega nas unidades industriais de Otacílio Costa, Lages e Correia Pinto, SC. Os resultados começaram a aparecer desde que a Localfrio assumiu as principais etapas da cadeia, desde a coleta do contêiner vazio nos portos, estufagem nas fábricas, integração em pátio intermediário e posterior descida até o porto.
“Nesses locais é exportada parte da produção para a América do Norte, Europa e Ásia por meio dos portos de Itajaí, Navegantes e Itapoa. É uma operação de alta complexidade e que demanda expertise e eficiência”, conta Rodrigo Casado, presidente da Localfrio.
Nessa mesma operação a Localfrio utiliza sua própria frota de caminhões. “Colocamos à disposição 16 rodotrens e 16 cavalos trucados para fazer todo o transporte dos contêineres. É uma operação que exige inteligência e expertise porque precisa estar muito bem sincronizada com a produção, expedição e despacho”, revela o presidente.
Outro aspecto importante desenvolvido nessa operação foi o de incluir um pulmão buffer (pátio intermediário) no município de Lages, localizado no meio oeste de Santa Catarina. “É um terminal pioneiro na região de cerca de 20.000 m2 com capacidade estática de 1200 TEUS. Tem um papel estratégico e determinante dentro dessa operação. Por meio dele, podemos fazer o manuseio dos contêineres e reduzir o tempo da operação”, conta Rodrigo. “Esse pátio faz uma conexão importante entre o porto e a fábrica, trazendo ganhos substanciais à operação”, completa.
Além dos ganhos obtidos com a redução de custos e de tempo, a Klabin também contabilizou outros benefícios nesta parceria com a Localfrio, como maior disponibilidade de frota, redução de tempo de atendimento na fábrica, diminuição do tempo de expedição e eliminação de problemas de sincronização com a produção, além dos custos com detention.