Lufthansa Group divulga resultados do primeiro trimestre de 2016

Embora o Lufthansa Group mantenha, para 2016, a perspectiva de ajustar o EBIT levemente acima dos números registrados no ano passado, a divisão de cargas da companhia, Lufthansa Cargo, registrou um decréscimo substancial de 71 milhões de euros no EBIT do primeiro trimestre de 2016. Entre os fatores que levaram à queda, a empresa considera a alta capacidade ociosa, principalmente nas rotas transatlânticas, e a baixa demanda, o que levou a companhia a uma retração de 21,8% no faturamento da carga.

O faturamento total do Lufthansa Group no primeiro trimestre de 2016 diminuiu 0,8%, para 6,9 bilhões de euros. Apesar do volume sensivelmente maior de passageiros, as receitas do tráfego diminuíram 3,9%, o que reflete a substancial pressão sobre os preços enfrentada pelas empresas aéreas e os negócios de carga do grupo. O principal indicador financeiro do êxito dos negócios do grupo – seu EBIT Ajustado -, porém, aumentou 114 milhões de euros, chegando a -53 milhões de euros.

A Lufthansa Cargo está se preparando para um exercício extremamente difícil, com a introdução, há algumas semanas, de um programa adicional de redução de custos. O EBIT Ajustado provavelmente ficará sensivelmente aquém ao do ano anterior, assim como os resultados das áreas de negócios Técnica e Catering, que, no primeiro trimestre ficaram 20 milhões de euros abaixo dos números registrados no ano anterior.

Mesmo com a perspectiva de manter o EBIT inalterado ou com pequeno crescimento, ainda não foram computados os impactos negativos das possíveis greves sobre os resultados da companhia. Também há de se considerar a pressão sobre os preços, tanto transporte de passageiros quanto no de cargas, especialmente nos voos com origem e destino na América do Sul, um reflexo das atuais economias enfraquecidas da região.

“As tendências que observamos nos últimos meses devem continuar no segundo trimestre”, declarou a diretora financeira da Deutsche Lufthansa AG, Simone Menne. “A intensidade da concorrência e as pressões resultantes sobre os preços não deverão diminuir – até por causa dos baixos custos de combustível. Por isso, é importante que continuemos a trabalhar insistentemente nas nossas posições de custos. Mantemos firmemente nosso objetivo de diminuir os custos unitários neste ano, ajustados em relação aos impactos do combustível e do câmbio.”

A Lufthansa voa atualmente para 205 destinos em 75 países, com centros de distribuição em Frankfurt e Munique. Com a aquisição da Austrian Airlines, SWISS e parte da Brussels Airlines pelo Grupo Lufthansa, Viena, Bruxelas e Zurique foram incluídos como centros de distribuição adicionais.

Fonte: Guia Marítimo