O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comparou ontem (23) o seu governo "aos anos de ouro" de Juscelino Kubitschek e disse que a resposta do Brasil à crise dos alimentos será "produzir mais". Em discurso na solenidade de comemoração dos 50 anos da Bayer em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, Lula citou o otimismo que tomava conta do Brasil em 1958 quando "o presidente JK, ele mesmo considerado um presidente bossa-nova, dava o tom de otimismo".
Lula prosseguiu afirmando que "quis o destino que, 50 anos depois, e trabalhando muito para isso, o Brasil esteja vivendo outro momento de otimismo". O presidente citou os crescimentos que vêm sendo registrados na indústria, no comércio, nos empregos formais, nos salários e nos investimentos e disse que "eleva-se novamente a auto-estima dos brasileiros, como aconteceu nos anos dourados de JK".
Lula foi além na comparação e sugeriu que o momento atual é ainda melhor do que há 50 anos, já que a inflação agora está sob controle e o Brasil obteve o grau de investimento ( leia mais na página E6 ). O presidente também fez uma conexão direta entre os bons resultados da Bayer (em 2007, as vendas no Brasil cresceram 25%) e as realizações do seu governo afirmando, por exemplo, que as vendas de defensivos agrícolas da empresa aumentaram porque o agronegócio tem crescido no Brasil.
Se é Brasil, é bom
Lula brincou dizendo que o único dado não tão favorável para a Bayer provavelmente estará nas vendas de aspirina, já que, segundo ele, os brasileiros têm hoje menos motivo para dor de cabeça. Ele fez também um trocadilho com o slogan da Bayer, "Se é Bayer, é bom", afirmando que "Se é Brasil, é bom".
Bem aceito
O presidente Lula é o quarto das Américas em aceitação popular, segundo estudo divulgado ontem pela consultoria mexicana Consulta Mitofsky, que analisa o apoio dos líderes de 19 países da região.
Com 55% de aceitação, Lula está atrás dos presidentes da Colômbia, Álvaro Uribe (84%), do México, Felipe Calderón (61%) e da Venezuela, Hugo Chávez (59%).
Lula está junto com Evo Morales, da Bolívia, e Elías Antonio Saca, de El Salvador.
Fonte: www.dcomercio.com.br
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