Apoiando as iniciativas para descarbonizar as cadeias de fornecimento de seus clientes na América Latina, a A.P. Moller – Maersk conduziu um projeto piloto para promover o uso de caminhões elétricos no transporte de cargas de clientes no Brasil. Os pilotos foram feitos com caminhões modelos cavalo mecânico, ou caminhão trator, que permitem o transporte rodoviário de contêineres (FCL).
O projeto teve a duração de duas semanas e foi realizado com dois fabricantes distintos de caminhões elétricos no Brasil. Para analisar as possibilidades de fornecer conectividade no modal rodoviário, os testes foram conduzidos na região metropolitana de São Paulo, em um roteiro de 100 km, envolvendo as regiões de Barueri, Barra Funda e São Bernardo do Campo – cidade em que se encontra o ponto de recarga – e em um trecho de 230 km, entre o Porto de Itapoá e a cidade Araquari (ida e volta), em Santa Catarina.
“A conectividade intermodal é fundamental para conectar a população do Brasil com os produtos que chegam e são exportados nos portos. Com 60% dos brasileiros vivendo a menos de 200 km da costa, a cabotagem é vital, mas a integração de ferrovias, caminhões e centros de distribuição de apoio é fundamental para garantir uma logística integrada de ponta a ponta. A crescente necessidade de capacidade de transporte terrestre torna ainda mais importante garantir que também sejamos capazes de fornecer soluções sustentáveis para esses importantes meios de transporte na região. No Brasil, estamos construindo uma rede abrangente com o objetivo de integrar perfeitamente todo o processo de logística para nossos clientes e reduzir as emissões. Nossa avaliação de alternativas sustentáveis, incluindo caminhões pesados eletrificados, em uma região em que essas opções são limitadas, nos fornece insights valiosos para impulsionar o progresso tangível em direção ao nosso compromisso de alcançar o net-zero até 2040”, afirma Karin Schoner, presidente para a Costa Leste da América do Sul na Maersk.
Para os projetos pilotos, a Maersk instalou estações de carregamento elétrico em suas áreas operacionais para garantir o carregamento noturno. A dependência das instalações logísticas e do transporte terrestre em fontes de eletricidade renováveis está intimamente ligada a fatores como os requisitos de investimento em infraestruturas locais e o apoio das regulamentações regionais. Atualmente, os veículos elétricos e as soluções envolvendo combustíveis alternativos só estão disponíveis numa escala limitada nestes contextos.
Para alcançar soluções de transporte terrestre neutras para o clima até 2040, a Maersk está priorizando a eletrificação em caminhões pesados em colaboração a clientes com fontes de eletricidade 100% renováveis, bem como identificando oportunidades únicas de redução de emissões dentro da mudança modal.
“Este piloto facilitará o teste e o desenvolvimento de soluções sustentáveis para nossos clientes, que podem ajudá-los a cumprir seus objetivos ambientais e de ESG. Em nossa jornada para nos alcançar o netzero até 2040, a Maersk continuará buscando soluções sustentáveis na América Latina, para atender tanto à crescente demanda de nossos clientes por uma logística integrada de ponta a ponta mais limpa, quanto para cumprir nossos próprios compromissos de descarbonização”, aponta Alexis Rodríguez, Head de Execução de Transição Energética para América Latina na Maersk. Ainda segundo ele, o apelo por práticas comerciais mais sustentáveis vem tanto dos consumidores como dos clientes. Notavelmente, mais de metade dos 200 principais clientes da Maersk já se comprometeram com o Pacto Global da ONU, que apoia os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas até 2030. Além disso, dois terços estabeleceram metas para atingir o netzero ou objetivos baseados na ciência.