A varejista Magazine Luiza divulgou os resultados financeiros relativos ao 2º trimestre de 2020. A empresa registrou 1 salto de 49% nas vendas na comparação com o mesmo período do ano passado. As vendas totais de abril a junho somaram R$ 8,6 bilhões.
O e-commerce registrou alta de 181,9%, somando R$ 6,7 bilhões. As vendas nessa modalidade representaram 78,5% do faturamento total. Na modalidade tradicional de vendas digitais, o site da varejista, o crescimento foi de 175,5%.
O marketplace cresceu 214,2%, impulsionado pelo aplicativo, que alcançou a marca de 30 milhões de usuários ativos mensais. Trata-se de uma plataforma aberta a outros lojistas, que podem se cadastrar e vender seus produtos. Pagam uma taxa ao Magalu e aproveitam a logística e a infraestrutura tecnológica da empresa.
A alta do e-commerce compensou a queda de 45,1% das vendas nas lojas físicas. Apenas 36% das unidades estiveram abertas no período devido às medidas de combate ao coronavírus.
Em junho, já com 64% das lojas abertas, o crescimento total das vendas foi de 85%. Com isso, a empresa liderou o setor no trimestre pela 1ª vez desde que foi fundada, superando a Via Varejo, que alcançou R$ 7,26 bilhões no trimestre.
A margem bruta ajustada diminuiu de 29,3% no 2º trimestre de 2019 para 25,8% no mesmo período deste ano. Em junho de 2020, com a abertura progressiva das lojas, a margem bruta subiu para 28%.
O lucro antes de impostos e despesas financeiras (chamado no jargão contábil de margem Ebtida) passou de 8,8% sobre a receita no 2º trimestre de 2019 para 2,6% no mesmo período de 2020. O resultado líquido ajustado (no qual são descontados impostos, despesas financeiras e também algo que empresa considere excepcional) passou de lucro de R$ 85,2 milhões para prejuízo de R$ 62,2 milhões.
Em abril, o resultado foi impactado pelas lojas fechadas. Em maio, com a aceleração do e-commerce e a reabertura gradual das lojas, o resultado já foi próximo do ponto de equilíbrio. Em junho, essa tendência se acentuou e a companhia obteve lucro líquido de R$ 93 milhões.
O fluxo de caixa das operações, ajustado pelos recebíveis (créditos com que a empresa conta), atingiu R$ 2,2 bilhões no trimestre e R$ 2 bilhões nos últimos 12 meses.
Nos últimos 12 meses, a posição de caixa líquido ajustado aumentou em R$ 5 bilhões, passando de R$ 0,8 bilhão em junho de 2019 para R$ 5,8 bilhões em junho de 2020. A companhia encerrou o trimestre com uma posição total de caixa de R$ 7,5 bilhões, considerando caixa e aplicações financeiras de R$ 3 bilhões e recebíveis de cartão de crédito disponíveis de R$ 4,5 bilhões.
O presidente-executivo, Frederico Trajano, considerou o trimestre “épico“. Leia a mensagem da Diretoria:
“No mundo do varejo, todo dia é dia de superação. Mas nenhum período da história de mais de 60 anos do Magalu pode ser comparado ao 2º trimestre de 2020. A crise provocada pela pandemia de covid-19 foi repentina, profunda e disseminada. Um cenário de caos. Foi em meio a 1 quadro como esse que o Magalu fez história. Assim como a Guerra do Golfo foi um turning point para a CNN, assim como a Primavera Árabe foi decisiva para o Twitter, a pandemia, com toda a sua carga de tragédia, mostrou que o Magalu era a empresa mais preparada para encarar os novos tempos que se seguiram a ela. Tínhamos o modelo para o momento. E a maturidade digital necessária para uma quase instantânea recuperação em V. Em questão de dias, e mesmo com todas as suas lojas físicas fechadas, o Magalu passou a vender mais do que em trimestres ditos normais. Foi épico. E foi a vitória de uma equipe aguerrida e comprometida e de um modelo de negócio que vem sendo consistentemente construído ao longo dos últimos anos”.
Fonte: Poder 360