O mercado de caminhões novos vem se recuperando mês a mês desde o início do ano e reduzindo a diferença negativa em relação a 2016. Com 4.542 emplacamentos realizados em setembro, o acumulado do ano agora é de 35.345, veículos, número 8,6% inferior ao acumulado no mesmo período do ano passado. As informações são da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotivos (Fenabrave).
Só para se ter uma ideia, a diferença no acumulado do ano em junho era quase o dobro da atual: 15,6%.
Levantamento feito pela Fenabrave também mostra que o segmento de pesados se recuperou, atingindo 35,4% do total das vendas de caminhões, número muito próximo aos 36% do período pré-crise. Na mesma época do ano passado, os pesados somavam só 31,8% do total. e fecharam o ano num patamar ainda mais baixo: 29%.
Apesar das boas expectativas quanto às vendas de caminhões durante a Fenatran, a ser realizada de 16 a 20 de outubro, em São Paulo, a Fenabrave estima que o mercado ainda fechará o ano com uma “leve” queda na comparação com 2016.
O presidente da entidade, Alarico Assumpção Júnior, considera que, após quase três anos de recessão, o resultado de 2017 deve ser encarado com otimismo. “O que faz vender caminhão é PIB (Produto Interno Bruto)”, afirma o empresário, que é concessionário Volvo em Minas Gerais. Ele lembra que a economia do País recuou 7% em 2015 e 2016, mas vai crescer neste e no próximo ano.
“Nosso otimismo se justifica porque já tem analista falando que vamos crescer 1% neste ano e 3% no próximo. Estamos com a inflação dentro da meta e os juros podem chegar a menos de 7% (ao ano). O cenário é muito positivo”, ressalta, acrescentando que seu único receio é com a política. “Se a política não atrapalhar, será muito bom.”
Na opinião dele, 2018 será um ano “bem melhor” para o mercado de caminhões.
Veja abaixo a participação de mercado das montadoras no período de janeiro a setembro deste ano.
HISTÓRICO DA FENABRAVE
Emplacamentos de caminhões de todos os segmentos: