Mercado de caminhões: volume comercializado em maio é o maior desde dezembro de 2014

O último mês registrou números expressivos no mercado de caminhões do Brasil. O crescimento foi o maior desde dezembro de 2014, com 7,4% acima do mês de abril e com 9.127 unidades comercializadas. A média diária de emplacamentos continuou subindo, saindo de 318 unidades em janeiro, para 344 em fevereiro, 400 unidades em março, 405 unidades em abril e 415 em maio.

No ano, o volume de unidades comercializadas atingiu 39.093 unidades, com 48,5% acima do mesmo período no ano passado. Já os volumes por fabricantes indicam que a participação no mercado teve a Mecerdes-Benz na liderança, com 30,4%, a Volkswagen em segundo, com 24,7%, Volvo em terceiro, com 14,9%, seguidos de Scania com 11,9%, Ford 9,9%, Iveco 3,6%, DAF 3% e o restante 1,6% com outras marcas.

“Embora a expectativa de crescimento do PIB para este ano esteja abaixo das previsões de alguns meses atrás, notamos que as empresas de transporte têm feito investimentos na renovação das frotas por conta da demanda de carga, especialmente nos segmentos de transporte de grãos, cargas refrigeradas e empresas de logística em geral” explica Ronaldo Lima, consultor de veículos pesados na Carcon Automotive.

O consultor ainda ressalta que “a renovação propicia a redução dos custos operacionais, e em alguns casos há até empesas investindo em frota própria para não ficar dependente do tabelamento dos fretes, um tema que ainda está em discussão”.

Outro mercado que tem se destacado é o de ônibus, que por conta da renovação das frotas urbanas e rodoviárias, mostrou forte crescimento no último mês. No período de janeiro a maio deste ano, foram comercializadas 8.108 unidades, o que significa um crescimento de 73,8% em relação ao mesmo período de 2018.

Argentina

Na Argentina, o mercado de caminhões e ônibus teve uma melhora em maio, mas o acumulado do ano ainda indica uma queda de 54,4% em relação ao mesmo período do ano passado. A crise econômica que passa o país tem impactado negativamente o mercado com a consequentemente diminuição na demanda por transporte de cargas e queda nos investimentos.

“Como a maioria dos caminhões vendidos na Argentina têm origem no Brasil, essa queda afeta diretamente o nível de produção das montadoras e consequentemente os fornecedores sistemistas e de autopeças”, explica Ronaldo.

Para o mês de junho, o governo Macri e as montadoras estão implantando um plano de incentivo para a redução nos preços dos veículos e melhora nos níveis de vendas.