A linha tradicional de caminhões Mercedes-Benz, ano/modelo 2009, foi incrementada em sua identidade visual. As cabinas dos caminhões modelos leve 710, médio L 1318, os semipesados L 1620 e 1718 e o pesado LS 1634, o semipesado 2423 e o pesado 2726 passam a sair da linha de produção sem as faixas decorativas. A estratégia lembra a história do bode na sala. Basta tirá-los de lá que tudo parece melhorar. Faz de conta que os adesivos são os bodes, ou que eram eles a determinar a desatualização tecnológica desses produtos…
Na prática, isso não representa absolutamente nada em novidades, além de uma pequena economia no lead time dos veículos na linha de montagem. O cliclo de cada um fica alguns minutos mais curto e a montadora economiza no custo dos adesivos que deixa de comprar, pois o preço não baixa, apesar da diferença ser pequena. Segundo a montadora, essa medida foi tomada para facilitar a adesivagem do logotipo da marca do cliente na cabina do caminhão, contribuindo para a padronização visual de frota. A mudança inclui a retirada das faixas decorativas das portas e da tampa dianteira dos caminhões. A verdade é que não há muito mais a fazer em cima dessas antiquadas cabines e uma simples retirada de adesivos é apregoada como novidade.
Nem tudo cai fora
Além das faixas, o logotipo de designação comercial também foi removido da tampa dianteira dos modelos 710, 1718 e 2423. No entanto, as denominações que indicam as características dos caminhões seguem fixadas nas portas das cabines, tais como “Electronic” para identificação dos modelos equipados com motor eletrônico, “Classic” para o L 1620 com motor mecânico e “Plus” para as versões do 710 com freio a ar. A montadora acredita que dessa forma, a arcaica Linha Tradicional ficará, esteticamente, menos desalinhada das famílias Accelo, Atego, Axor e Actros, essas, sim, cheias de novidades.
Esse pacote de veículos que a montadora agora promove sem adesivos decorativos sobrevive por conta da mesma síndrome do bom e barato que também sustenta idiosincrasias como VW Kombi e Fiat Fiorino em um mercado extremamente conservador e de baixo poder aquisitivo.
Fonte: www.transpoonline.com.br
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